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300: A Ascenção do Império (filme)
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300: A Ascenção do Império

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

O visual que retrata as ilustrações das graphic novels de Frank Miller, iniciado com “Sin City: A Cidade do Pecado” (Sin City, 2005) continua inovador e deslumbrante. É o que comprova “300: A Ascenção do Império”, a segunda parte da obra de Miller, intitulada “Xerxes”. O esmero resulta em uma pintura a cada quadro do filme.

As belas imagens estilizam a violência abundante na nova aventura. Sangue jorrando a todo instante, espirrando na tela e sujando-a, brutalidade extrema. Enfim, tudo retratado com o requinte das cores sépias e com o emprego do slow motion para enfatizar os efeitos dos golpes. Aqui, não se permite que a velocidade das cenas impeça o espectador de entender o que se passa. Pelo contrário, para melhorar a experiência, sempre que possível os combates são individualizados, ainda que no meio de uma grande batalha, a fim de aumentar o drama de cada personagem.

A história começa antes do que foi contado em “300” (2006). Na batalha de Maratona, Temístocles (Sullivan Stapleton) assassina o imperador persa Dario (Igal Naor), na frente de seu filho Xerxes (Rodrigo Santoro), ainda em forma humana. A poderosa guerreira Artemísias, comandante naval persa, é interpretada por Eva Green. Desta vez, com visual estilizado que lhe concede a beleza de deusa que o papel exige. Ela influencia Xerxes a se transformar em deus, adquirindo o tamanho gigantesco como foi visto no primeiro filme.

Espartanos

A trama corre então paralela à batalha dos 300 espartanos do filme de 2006. E acompanha as batalhas navais entre os gregos comandados por Temístocles e os persas de Artemísias. A semi-deusa rouba o interesse do filme, não só pelo seu visual arrebatador, mas por suas atitudes destemidas. Exímia guerreira, luta com maestria derrotando qualquer um que a desafia, por mais forte que seja. De fato, a sua crueldade é extrema, chegando a beijar uma cabeça que acaba de decepar. Usa também seus poderes de sedução para vencer Temístocles, resultando numa inesquecível cena de sexo em meio a violência, capaz de deixar no chinelo o que “Cinqüenta Tons de Cinza” (Fifty Shades of Grey, 2015) tentou em vão mostrar.

Enquanto isso, Temístocles precisa atuar politicamente para convencer a rainha espartana Gorgo (Lena Headey, a Cersei Lannister de “Game of Thrones”) a se juntar ao restante da Grécia para enfrentar os persas.

O grande final

Até aí tudo corre perfeitamente, e essa segunda parte da graphic novel de Frank Miller parece superar a primeira. Porém, quando as duas estórias paralelas se encerram e se convergem para o grande final, o filme perde um pouco a mão. Há um tempo extenso demais de conversas até que o confronto derradeiro se inicie, inclusive um flashback desnecessário reprisando a morte do imperador Dario. E, depois de tantas cenas espetaculares, o combate entre Temístocles e Artemísias fica aquém do que se espera.

Mesmo assim, “300: A Ascenção do Império” é um ótimo filme, com um visual que nunca sairá da memória. É fruto de um cuidado com os detalhes que inclui até pequenas partículas flutuando lentamente pela tela.

Para concluir, uma curiosidade para fãs de heavy metal. Nos créditos finais, enquanto ilustrações sobre a história, em outro estilo, passeiam pela tela, ouvimos uma versão cheia de efeitos da música “War Pigs”, do Black Sabbath.


300: A Ascenção do Império (filme)
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