A 4ª edição do Science Film Festival apresenta uma seleção de filmes de vários países até 20 de dezembro, em formatos online e presencial. A iniciativa é da Media & Scientific Literacies da Midiativa em parceria com o Goethe-Institut.
O Brasil é o único país da América Latina que recebe o evento que ocorre também em outros lugares do mundo. A abertura acontece na quarta-feira, 5 de outubro de 2022, no Instituto Goethe, a partir das 19h30. O título exibido será o curta alemão “Cuidado com o Vão – (Não) Modelos”, de Anna Sacco, seguida do debate “Equidade de Gênero na Ciência”. Carolina Brito, professora de física da UFRGS, Lilian Bacich Martins, da Tríade Educacional e Instituto Singularidades e Luciana Costa, pesquisadora de arqueologia negra e transversalidade na USP, compõem a mesa. A mediadora será a editora da Revista da Fapesp, Maria Guimarães.
Neste ano, com o tema “Equidade na Ciência”, o festival propõe uma reflexão sobre a inclusão de grupos sub-representados nas carreiras científicas. Como trabalhar para que todas as pessoas, sem distinções, tenham acesso às carreiras e ao conhecimento científico? E por que isso beneficia toda sociedade? São perguntas como essas que os filmes e lives procuram responder. Os títulos seguem o tema principal, além de permitirem conversas em cima de entretenimento educativo para a família, ciências naturais, ciências biológicas e tecnologia, ciências não-verbais, ecologia e meio ambiente e cultura e história.
A seleção
São filmes, a maioria em curta-metragem, e séries para crianças, jovens e educadores, que visam o uso e debate em sala de aula. Para ter acesso aos filmes é preciso se inscrever no evento, por meio de formulário que estará disponível a partir de 5 de outubro no site e nas redes sociais.
Todos os títulos da mostra serão disponibilizados para acesso sob demanda, na plataforma Vimeo. Dessa forma, poderão ser exibidos em sessões coletivas – em cineclubes, salas de aula e outros contextos educacionais. Eles foram previamente selecionados, curados e preparados por uma equipe de renomados educadores e cientistas do mundo todo, que estiveram reunidos na Ásia nos últimos meses.
A edição brasileira do festival traz 35 produções da Tailândia, República Democrática do Congo, Alemanha, África do Sul, Brasil, Canadá, Angola, Colômbia, Suíça, Índia, Chile, Austrália, Moçambique, Irlanda, Filipinas, Croácia, Espanha, Áustria, França, Singapura e Malawi, em vários formatos e gêneros, todos dublados ou legendados para o português brasileiro. A seleção do Brasil é feita pelo Midiativa, a partir das necessidades, realidades e possibilidades brasileiras.
O festival é realizado pelo Goethe-Institut, Midiativa, Spcine e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com o patrocínio da Fundação ArcelorMittal.
Sobre o SFF
O Science Film Festival é uma celebração da comunicação científica no Sudeste e Sul da Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. Em uma colaboração com parceiros locais, ele promove a educação científica e facilita a conscientização sobre questões científicas, tecnológicas e ambientais contemporâneas através de filmes internacionais com atividades educacionais. O festival apresenta questões científicas de forma acessível para um público amplo e demonstra que a ciência pode ser divertida. O evento cresceu consideravelmente desde sua primeira edição em 2005, tornando-se o maior do gênero em todo o mundo.
O Science Film Festival é organizado em cada país pelo Goethe-Institut, em estreita colaboração com parceiros locais;. No Brasil, o Midiativa é parceiro do Goethe desde a primeira edição. O festival conta com a colaboração e participação ativa de instituições de educação científica, escolas, universidades, ministérios e centros culturais em cada um dos países anfitriões, assim como o entusiasmo de seus funcionários e outros parceiros, como ONGs, educadores e grupos de estudantes voluntários que prestam auxílio durante as exibições e atividades. Neste ano, o SFF acontece mundialmente em 21 países, com a exibição de 90 títulos, provenientes de 27 países, que hoje produzem audiovisual focado na ciência e na atualidade. O Brasil é o único país na América Latina a receber o evento.
Tema 2022: Igualdade de Oportunidades na Ciência
Oportunidades iguais: uma ideia que envolve justiça onde as pessoas são tratadas de forma semelhante, sem barreiras artificiais, preconceitos ou preferências. As inovações resultantes dos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) tocaram positivamente quase todos os aspectos da vida humana. No entanto, ainda hoje, a ciência pode ser usada para reduzir a desigualdade de forma sutil, difundindo a sub-representação contínua de minorias e mulheres. No campo científico, a equidade representa um desafio para que cultivemos a força de trabalho científica de forma adequada.
Diversidade na ciência se refere ao cultivo de talentos e à promoção da inclusão total da excelência em todo o espectro social. A diversidade é essencial para oferecer excelência no campo STEM. Uma força de trabalho científica diversificada e inclusiva se origina da mais ampla gama de origens, perspectivas e experiências, maximizando, assim, a inovação e a criatividade na ciência.
(foto: “As Formigas e o Gafanhoto” | divulgação SFF International)
