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A Bela e a Fera (filme)
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A Bela e a Fera (2017)

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

“A Bela e a Fera” resgata os clássicos da Disney, megaproduções indicadas para toda a família que transportam o espectador para um universo de fantasia. É uma versão live action da estória já levada às telas pelo mesmo estúdio em formato animação, em 1991.

O conhecido conto de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont mostra como um príncipe egoísta é transformado em um ser animalesco (a “fera” do título) por uma feiticeira após a tratar mal por ser uma velha mendiga feia. Para se livrar da maldição, ele deverá amar de verdade uma pessoa e ser amado por ela. Enquanto isso, ele e os demais habitantes de seu castelo, transformados em objetos, viverão isolados em eterno clima invernal.

No vilarejo perto do castelo, vive uma moça linda (a “Bela”). Ao contrário dos demais moradores, ela se interessa por ler livros e ambiciona uma vida além da que possui. Cortejada pelo bruto Gaston, ela precisará resgatar o pai, que está desaparecido na floresta. A busca a levará ao castelo da Fera, que a aprisionará, em troca da liberdade do seu pai. Então, os moradores transformados em objetos veem nela a oportunidade de quebrarem o encanto da bruxa.

Maquiagem e efeitos visuais

A maquiagem criada para o monstro seria o ponto primordial para que o desenho animado fosse transformado em filme, e o resultado é fenomenal. O ator Dan Stevens recebeu uma caracterização idêntica à da personagem criada na animação, mantendo ainda toda a expressividade necessária para sua atuação. Da mesma forma, a escolha de Emma Watson (da série “Harry Potter”) para representar a heroína do filme foi um grande acerto. Seus traços delicados e a aparência jovial se encaixam com a protagonista da estória, preenchendo os requisitos necessários em termo de elenco.

Além disso, o filme acerta também nos efeitos visuais. Principalmente dos objetos animados, ao optar por um visual não moderno demais. Ou seja, usando a computação gráfica como se fosse um desenho animado. A xícara, por exemplo, não mexe sua boca ao falar. A exceção, nesse quesito, aparece na parte final, quando a Fera salta entre as torres do castelo com a mesma pegada dos filmes de super-heróis da Marvel.

Ritmo lento

“A Bela e a Fera” arrisca em manter uma duração de mais de duas horas, considerando seu público alvo infantil, normalmente impaciente em ficar muito tempo parado na cadeira. O filme prefere não deixar de lado a construção de protagonistas sólidos, e explicam suas personalidades remetendo a fatos ocorridos em suas infâncias, ambos relacionados à morte da respectiva mãe. O problema da extensão não está aí, mas sim na quantidade exagerada de canções. O filme ganharia ritmo mais acelerado com a eliminação ou com o encurtamento de algumas delas. Felizmente, as músicas (na maioria compostas por Alan Menken e Howard Ashman) e as coreografias são muito bem inspiradas, e amenizam o problema da duração.

Já o diretor Bill Condon se mantém dentro da tradição do cinema clássico, privilegiando os cortes invisíveis e a câmera acompanhando os personagens, de maneira apropriada para essa produção.

Acima de tudo, o mais positivo é retomar a tradição dos filmes da Disney que ajudam a reunir a família para assistir um entretenimento com mensagem positiva. Neste caso, ser uma pessoa melhor, capaz de amar o outro. Aliás, mensagem primordial nessa época atual em que os poderosos parecem se importar somente consigo mesmos.


A Bela e a Fera (filme)
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