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A Comédia dos Pecados (filme)
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A Comédia dos Pecados

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

A Comédia dos Pecados se passa na Idade Média, num convento onde os desejos sexuais se sobrepõem aos dogmas religiosos. O roteiro se baseia no “Decamerão” de Bocaccio.

O filme já provoca risadas na primeira sequência. Fernanda solta vários palavrões contra o servo do convento, enquanto é interrogada pela colega Ginevra. As duas depois fofocam a respeito da novata Alessandra, que possui alguns privilégios no local porque o pai faz generosas doações para a instituição. No comando do convento estão a Madre Maria e o Padre Tommasso. Eventualmente, esse já viciado ambiente se transforma num caos quando o padre contrata o belo rapaz Massetto como novo empregado do convento. Logo, sua presença atiçará o libido das jovens freiras.

Análise

A estória acontece em locações belíssimas na região italiana de Carfagnana, em 1347. E elas aproveitam os castelos antigos que fornecem autenticidade a essa comédia de época. Por outro lado, a garantia do humor está nos talentosos comediantes Aubrey Plaza e Molly Shannon, e no versátil John C. Reilly. Adicionalmente, Alison Brie comprova que também é engraçada. Já Dave Franco protagoniza uma das cenas mais hilariantes do filme. Isso quando ele confessa em todos os detalhes o adultério que pratica com sua ex-patroa.

E A Comédia dos Pecados possui vários momentos bem engraçados. Alguns possuem formato de sketches, em que se criam as piadas para aqueles momentos específicos. E outros se alinham à sua trama de comédia de erros. Porém, o filme perde a força quando envereda por algumas variações na trama. Por exemplo, as sequências da bruxaria e da soltura de Massetto, que levam a estória para a aventura.

Adicionalmente, o diretor e roteirista Jeff Baena costuma trabalhar com os mesmos atores em seus filmes. Por exemplo, Alison Brie, Aubrey Plaza, Molly Shannon e John C. Reilly fazem parte de sua trupe preferida na sua carreira. Esta inclui outros três longas metragens: Vida Após Beth (2014), Joshy (2016) e Entre Realidades (2020). Por isso, A Comédia dos Pecados funciona bem quando as cenas de humor se beneficiam do entrosamento entre os intérpretes. Então, privilegiar as cenas de ação acaba interrompendo esse clima. E quebra a gradativa entrega à luxúria dos protagonistas, que deixava a trama num crescendo emocional cada vez mais instigante.

Enfim, A Comédia dos Pecados quase acerta. Na verdade, se tivesse seguido o que o seu título nacional indica, seria muito mais engraçado e empolgante. Além disso, ainda se alinharia com a ideia da obra de Bocaccio de entrega aos prazeres carnais.


A Comédia dos Pecados (filme)
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