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A Conquista do Planeta dos Macacos (filme)
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A Conquista do Planeta dos Macacos

Avaliação:
5.5/10

5.5/10

Crítica | Ficha técnica

A Conquista do Planeta dos Macacos (Conquest of the Planet of the Apes) é o quarto filme da franquia iniciada com a obra-prima de 1968. Embora a direção seja do tarimbado J. Lee Thompson, pouco ele pode fazer para dar emoção ao roteiro simplista de Paul Dehn. Na verdade, a história não é ruim, porém apenas dá sequência à trama do filme anterior, A Fuga do Planeta dos Macacos (Escape from the Planet of the Apes, 1971), do mesmo autor. Com isso, tudo parece previsível, do início ao fim.

Talvez A Conquista do Planeta dos Macacos funcione melhor para quem não viu A Fuga do Planeta dos Macacos. Pelo menos, não perceberia a confirmação da teoria que Cornelius investigou e contou naquele filme. E não faria falta porque o novo roteiro inclui uma minuciosa explicação do que aconteceu há vinte anos, quando Cornelius e Zira fugiram do Planeta dos Macacos e aterrissaram na Terra no ano de 1971. Depois, tudo acontece conforme a chamada profecia. Ou seja, Caesar, o filho desse casal de chimpanzés se torna o líder da revolução dos macacos em 1991, quando os símios passaram de pets a escravos.

Trama sem rumo

Nos meandros da trama, alguns pontos chamam a atenção. A revelação de como Caesar, ainda bebê, sobreviveu à cruel caçada do filme anterior é engenhosa e coerente. Além disso, se conecta com o final do filme anterior, o que comprova que essa sequência já estava nos planos da 20th Century Fox. Novamente, o paralelo com o preconceito racial está presente, como nos longas anteriores. Aqui, no fato de os símios serem trazidos da África para virarem escravos, bem como no fato de ser o personagem negro que ajuda Caesar.

A trama mantém o interesse até o momento em que a revolução começa. A fuga de Caesar consegue empolgar, e termina com uma cruel tortura com choques elétricos. Porém, justamente no clímax, vemos uma sucessão de conflitos de símios contra humanos sem nenhum diálogo, porque Caesar não fala nada já que os demais macacos não têm ainda esse conhecimento. O diretor J. Lee Thompson poderia aproveitar essa restrição para evocar as melhores cenas de ação do cinema mudo. Mas, não, filma tudo burocraticamente e o espectador fica sem entender qual é o objetivo do ataque. Os macacos lutam, muitos morrem, mas não há uma estratégia de ataque; por exemplo, chegar à cabine do líder e carrasco Breck. Para piorar, o discurso final de Caesar frustra as expectativas por ser vazio. Caberia, diante do zeitgeist pacifista da época da produção, um brado visionário por um mundo sem guerras. Mas, o roteiro desperdiça essa oportunidade.

Elenco

De qualquer forma, não dá para negar os acertos (e curiosidades) na escolha do elenco. Roddy McDowall retorna no papel de seu filho Caesar, um trunfo que a maquiagem extraordinária permite. E, junto com ele, Ricardo Montalban aparece novamente como Armando, o dono de circo que salva a vida de Caesar. Mas, mais curioso é a escalação de Natalie Trundy, que interpretou a psiquiatra humana do filme anterior, e aqui faz a chimpanzé Lisa, por quem Caesar se apaixona.

Em suma, A Conquista do Planeta dos Macacos começa bem, mas perde o fôlego conforme o espectador percebe que o enredo simplesmente concretiza a teoria da evolução de Cornelius. Não haveria problema nessa premissa, no entanto, a falta de algumas reviravoltas deixa suspeitas de que foi realizado às pressas.  

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Ficha técnica:

A Conquista do Planeta dos Macacos | Conquest of the Planet of the Apes | 1972 | EUA | 88 min | Direção: J. Lee Thompson | Roteiro: Paul Dehn | Elenco: Roddy McDowall, Don Murray, Ricardo Montalban, Natalie Trundy, Severn Darden, Hari Rhodes, Lou Wagner.

Onde assistir:
A Conquista do Planeta dos Macacos (filme)
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