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A Garota e a Aranha (filme)
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A Garota e a Aranha

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

A Garota e a Aranha se prende ao inabalável rigor formal imposto por seus diretores, os gêmeos Ramon Zürcher e Silvan Zürchers. É a estreia de Silvan e o segundo longa de Ramon, que realizou antes A Gatinha Esquisita (Das merkwürdige Kätzchen, 2013). No centro desses dois filmes, encontramos o relacionamento entre as pessoas dentro de um espaço limitado. Em seu trabalho anterior, Ramon Zürcher se debruçava sobre uma família. Agora, o grupo é formado por moradores de um pequeno prédio e seus visitantes.

A linha de tempo de A Garota e a Aranha é curta. Começa com a chegada de Astrid (Ursina Lardi) ao apartamento de sua filha Lisa (Liliane Amuat), que está de mudança. Esse passo implica no abandono de Mara (Henriette Confurius), com quem dividia o imóvel. O roteiro nunca explicita todos os detalhes da trama, mas depreendemos que as duas tinham uma amizade muito íntima, e agora trocam farpas na separação. E, por algum motivo, a Astrid não gosta de Mara.

Astrid flerta com o homem encarregado de transportar a mudança, enquanto seu filho está interessado em Mara. Contudo, ele acaba na cama da vizinha, e, também da colega de apartamento dela. Além desses personagens, surge também outra vizinha, com seus filhos. Por fim, há uma aranha, que aparece nas paredes e nas mãos de Mara, mas não mais que isso, apesar do título do filme.

Estilo

Os irmãos Zürcher filmam com planos rigorosamente fixos, com muitos closes dos atores e cores quentes. Os diálogos carregam uma artificialidade de textos literários, assim como as narrações da protagonista Mara, assim contribuindo para o hermetismo da trama. A intenção parece ser a de ressaltar os relacionamentos conflituosos que as pessoas nutrem, mas que escondem e só revelam em momentos em que não precisam mais de máscaras – como a despedida entre as amigas no filme. Por isso, Mara e Lisa trocam olhares e pequenas provocações, machucando-se mutuamente.

Não espere de A Garota e a Aranha um filme narrativo. Afinal, não há uma história definida e os diálogos não constroem dramas nem comédias, sendo apenas elementos da mise-en-scène que pede contemplação. Em suma, é um filme de arte, com os prós e contras desse tipo de produção.


A Garota e a Aranha (filme)
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