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A Princesa Prometida (filme)
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A Princesa Prometida

Avaliação:
9/10

9/10

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Crítica | Ficha técnica

“A Princesa Prometida”: Talvez a maior aventura de todos os tempos

“A Princesa Prometida” se inicia nos dias atuais, quando um avô (Peter Falk) abre um livro para ler para seu neto (Fred Savage), que está de cama. A princípio, o menino reluta em desligar o vídeo game para ouvir a história. Até que o velhinho lhe diz que ela contém lutas de espada, brigas, princesa, monstros, vilões, heróis, piratas, castelos… enfim, tudo o que uma aventura deve ter.

É assim que começa o filme “A Princesa Prometida”, mostrando nas telas o que o menino imagina de acordo com o relato do avô. Em alguns momentos, essas imagens são interrompidas para um novo interlóquio dos dois.

Na aventura, Buttercup (Robin Wright, ainda bem jovem, muito antes de viver a Claire Underwood da série “House of Cards”) vive numa fazenda, onde se apaixona por Westley (Cary Elwes), empregado da família. Então, o jovem parte para conseguir retornar com dinheiro e se casarem.

Passa-se o tempo e chegam notícias que Westley foi morto por um pirata. O príncipe Humperdinck (Chris Sarandon) procura a mulher mais bonita do mundo para se casar, e Buttercup então se torna a princesa prometida do título. Mas a peripécia começa mesmo quando Buttercup é sequestrada por três homens: Vizzini (Wallace Shawn), Inigo Montoya (Mandy Patinkin) e Fezzik (Andre the Giant).

Trama intrincada em síntese perfeita

São muitas reviravoltas, uma trama bem intrincada que teve origem no livro de S. Morgentein, condensado por William Goldman em uma publicação que deu origem ao roteiro escrito também por Goldman. O poder de síntese é o maior trunfo de “A Princesa Prometida”. Assim, nas mãos do diretor Rob Reiner, o filme transcorre de forma fluida, e isso se torna evidente se você tentar relatar tudo o que acontece na trama.

As mãos leves do diretor já haviam feito a façanha de adaptar uma obra do mestre do suspense Stephen King e transformá-la em um filme para toda a família, em “Conta Comigo” (Stand By Me, 1986). Então, do livro de William Goldman, ele extrai o clima de fantasia, romance e aventura, com um resultado acima do que essa publicação conseguiu.

Reiner aposta em manter as passagens dos diálogos entre o menino e seu avô, posicionando o enredo dentro do ambiente de conto de fadas. Coloca ação no filme, nas cenas de lutas, principalmente no acrobático duelo de espadas entre Westley e Montoya, uma das mais belamente coreografadas da história do cinema. Insere romance em sequências delicadas de amor e fecha com um sensual beijo do casal. Abre, ainda, espaço para o humor, em especial na cena em que aparece Billy Cristal, sob forte maquiagem, como o Miracle Max.

Por fim, para embalar tudo, a inspirada trilha sonora de Mark Knopfler, que vai além dos seus talentos como guitarrista (“I Will Never Love Again”) para compor inesquecíveis temas orquestrados. Aliás, “Morning Ride” mereceria estar em várias cerimônias de casamento, substituindo as músicas que sempre se costuma tocar.

Sim, vale a pena trocar o videogame por esta emocionante aventura.


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