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A Última Coisa Que Ele Queria

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

O livro A Última Coisa que Ele Queria, da renomada escritora Joan Didion, recebe uma adaptação tão superficial que se torna confusa, nessa produção da Netflix.

A estória, que se inicia em 1982, depende muito do desenvolvimento de sua protagonista, a repórter Elena McMahon (Anne Hathaway). O que mais a motiva na vida são as matérias investigativas. E ela está muito próxima de conseguir provas do envolvimento do governo dos EUA no fornecimento de armas contrabandeadas para os países em conflito na América Central. Porém, o editor do jornal onde trabalha exige que Elena se restrinja a cobrir a campanha eleitoral pela reeleição de Ronald Reagan.

Um pedido do seu pai Dick, interpretado por Willem Dafoe, a desvia de sua carreira. Então, ela se arrisca a levar uma carga de armamento para revolucionários da Costa Rica, compromisso que seu pai assumira, mas que agora está sem condições de saúde para cumprir. Essa missão garantirá sustento para Dick até o resto de sua vida, por isso sua filha resolve ajudá-lo. Mas o plano não dá certo e ela poderá ficar presa no país estrangeiro, sem poder retornar para os EUA.

Um bom começo

A Última Coisa que Ele Queria consegue nos envolver em sua primeira parte. Nela, acompanhamos a dedicada Elena em sua jornada em busca de evidências para uma reportagem que pode mudar os rumos das eleições presidenciais americanas que se aproximam. Ela precisou fugir de El Salvador com as fotos e anotações que reuniu nos campos desse país. E, questiona abertamente o secretário do governo dos EUA sobre o assunto em uma coletiva de imprensa.

Mas o filme começa a degringolar quando resolver mudar os rumos de sua protagonista. A Última Coisa que Ele Queria não consegue evidenciar os motivos que levam Elena a desistir de sua paixão pela profissão. A paixão tão forte, que até a distancia do convívio com sua filha pequena. Porém, inexplicavelmente é deixada de lado para atender a um pedido do pai que não vê há tempos. E não se trata de um pequeno favor, mas de agir como contato de um milionário esquema de contrabando de armas. Com isso, coloca sua vida em risco ao aceitar entregar pessoalmente a carga na Costa Rica.

Depois piora

Daí em diante, A Última Coisa que Ele Queria só piora. Logo, desiste de manter a solidez de sua protagonista e tenta infligir um tom de conspiração política que também não convence, entrando aí o personagem misterioso de Ben Affleck, Treat Morrison. A sensação de que tudo está muito solto se acentua quando Elena começa um relacionamento com Treat, que acaba com os dois na cama.

Aliás, não adiantam nem os momentos de melodrama barato. Por exemplo, a nudez de Elena para mostrar que ela perdeu uma das mamas por causa do câncer, e a filha esperando o telefonema da mãe. A Última Coisa que Ele Queria, simplesmente, não funciona. Melhor ver Anne Hathaway em outro drama de denúncia, recentemente lançado, chamado O Preço da Verdade.


A Última Coisa Que Ele Queria (filme)
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