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A Vida é um Romance (filme)
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A Vida é um Romance

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

A partir de “A Vida é um Romance”, Alain Resnais passa a mesclar o teatro e a música com o cinema.

O enredo

Um pouco antes da Primeira Guerra Mundial, o Conde Forbek (Ruggero Raimondi) anuncia aos amigos que construirá um enorme castelo. Então, a cena seguinte relata, em tom de farsa, o advento da guerra, inserindo chamas ao redor da construção pronta. Após esse evento, acompanhamos o conde em uma experiência para apagar a mente dos seus amigos. Porém, a sua ex-noiva Livia (Fanny Ardant) apenas finge que tomou a poção especial e se mantém lúcida. O conde acredita que melhoraria as pessoas dando-lhes a oportunidade de reaprenderem tudo como se fossem recém-nascidos, começando pelos cinco sentidos.

No tempo presente, o castelo abriga uma escola alternativa. Assim, Élisabeth (Sabine Azéma) chega ao local para participar pela primeira vez de uma reunião científica com outros especialistas na área da educação. A grande vedete é Walter Guarini (Vittorio Gassman), um respeitado doutor no assunto. Mulherengo, ele reencontra um antigo caso, Nora (Geraldine Chaplin), mas se empenha em conquistar Élisabeth. Então, Nora e Claudine (Martine Kelly), apostam com quem Élisabeth acabará ficando.  A novata é romântica e um tanto ingênua, portanto, ao expor sua tese munida de uma maquete que seus alunos construíram, recebe várias críticas dos colegas professores. Curiosamente, o filme apresenta a cena do debate em formato de musical, e os personagens expõem seus argumentos cantando.

Enquanto isso, as crianças que se encontram no castelo fantasiam um mundo onde precisam combater seres monstruosos, como sapos do tamanho de gente. Alain Resnais apresenta essas sequências como óperas, com cenários de teatro infantil.

Interpretações do filme

Esses três segmentos se alternam durante o filme “A Vida é um Romance”. Resnais não impõe uma interpretação única para a análise do filme. No entanto, parece claro que nas três estórias se valoriza a abordagem pura das crianças como uma das possibilidades de se encarar a vida. Além da óbvia sequência da fantasia criada por elas, o Conde Forbek investe em sua experiência porque quer que os adultos dali voltem a ser crianças. Por fim, a Élisabeth do tempo atual constrói sua teoria em cima da crença que as crianças possuem papel essencial na aprendizagem. Aliás, a própria personagem apresenta muitas características típicas de uma menina muito nova.

Mesmo sem ser excepcional, “A Vida é um Romance” é mais uma prova da alta capacidade criativa do diretor Alain Resnais. Além disso, a obra também atesta a sua coragem em quebrar os limites das fórmulas de gênero de filmes.


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