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Amanhecer (filme)
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Amanhecer

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

O diretor Dalibor Matanić croata ganhou prestígio pelo prêmio Un Certain Regard do Júri em Cannes dado ao seu longa The High Sun (Zvizdan, 2015). Segundo o cineasta, esse filme inicia uma trilogia cuja segunda obra é Amanhecer.

A história de Amanhecer se desenrola no futuro, mas um futuro muito próximo. Conforme a cartela avisa, o ano é 2021. Em um pequeno vilarejo, os moradores estão fugindo para a cidade, pois o perigo se aproxima. O filme não elucida o que seria essa ameaça, da mesma forma que deixa em aberto vários pontos que convidam à interpretação do espectador. O máximo que se apresenta sobre esse perigo são os jovens dançando em bando, como numa rave, praticando atos de violência, na parte final. A simbologia pode levar ao aspecto social da transição de gerações, até porque a menina da família protagonista consegue enfrentar o grupo. Ou então, provocar questões políticas, religiosas ou qualquer outra que o público enxergue.

Quanto à trama, Matija é um dos últimos moradores a deixar o vilarejo. Quando ele aceita vender sua propriedade, acentua o conflito com a esposa Ika. O relacionamento se encontra abalado pela perda de um dos filhos pequenos. Um forasteiro, também chamado Matija, compra o terreno ao lado e começa a construir uma casa similar ao de Matija. Depois, invade a casa do protagonista e se diz o substituto dele. Além disso, uma outra nova vizinha, também de nome Matija, é uma fanática religiosa que quer salvar a família do protagonista.

Provocativo

Enfim, Dalibor Matanić nos conduz a situações absurdas, que nos lembram o cinema de Yorgos Lanthimos. Porém, coma diferença que este cineasta grego costuma deixar pistas mais definidas sobre o que ele quer representar na tela. Aliás, ambos sabem filmar com competência e conseguem levar para as telas o que criaram em suas mentes. Nesse aspecto, Amanhecer chama a atenção na ousadia em filmar uma cena noturna, quando as crianças desaparecem, com nenhuma iluminação artificial. Com isso, nos deixa totalmente no escuro, ou apenas com relances das silhuetas dos personagens. E, Matanić cria situações incômodas no intuito de provocar reações do público. Por exemplo, no muito longo confronto dos meninos embaixo da água, que provocam a agonia de ver um deles cada vez mais perto da morte.

O espectador precisa entrar no jogo proposto pelo filme, e buscar suas próprias interpretações. Caso contrário, verá apenas sequências sem sentido e uma história incompreensível.


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