Pesquisar
Close this search box.
Amor Pleno (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Amor Pleno

Avaliação:
8/10

8/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Terrence Malick se tornou famoso pelas belíssimas imagens de Cinzas do Paraíso (1978), que naufragou nas bilheterias. Levou vinte anos, então, para filmar seu filme seguinte, Além da Linha Vermelha, que foi reconhecido por crítica e público. Sete anos depois, dirigiu O Novo Mundo (2005) e A Árvore da Vida (2011). A partir daí, tornou-se mais prolífico e Amor Pleno saiu no ano seguinte.

Amor Pleno reúne características típicas do diretor. Por exemplo, as imagens externas são deslumbrantes, principalmente quando filmadas ao entardecer. Além disso, o ritmo é lento, há poucos diálogos e os personagens buscam um sentido em suas vidas. Filósofo de formação, Terrence Malick provoca a reflexão.

Neil (Ben Affleck) conhece a francesa Marina (Olga Kurylenko) em Paris. Logo iniciam um romance e resolvem morar juntos em Oklahoma (EUA), onde Neil reside. A filha, Marina, vem junto, e a princípio adora a vida americana, mas com o tempo o relacionamento desaba. Retorna, então, para Paris, quando Neil se envolve com Jane (Rachel McAdams). Separados, Neil e Marina percebem que devem voltar a viver juntos.

Olhares e atos

A câmera na mão é constante, e esse recurso aproxima o espectador dos personagens. A estória retrata a vida de pessoas normais, seus conflitos, erros e decisões. No lugar de uma verborragia que poderia cansar, as reflexões dos personagens são transmitidas pelos olhares e atos. Enquanto Marina sempre dançava e sorria, Neil permanecia sério, revelando a insatisfação naquele momento.

Amor Pleno retrata a vida de pessoas comuns, que descobrem que os dilemas existem porque não há um estado de felicidade absoluta, nem para o casal protagonista, nem para a namorada que foi descartada, nem para o padre (Javier Bardem), nem para os moradores do local.

Malick extraiu tocantes interpretações dos atores. Uma das táticas para isso foi não fornecer o roteiro completo, e os atores atuavam sem saber o que ocorreria com os personagens no futuro, como acontece na vida real. Bem Affleck denota a introspecção do calado Neil, lotado de dúvidas sobre o que lhe traz satisfação. Olga Kurylenko (de 007 – Quantum of Solace) mostra o oposto, uma moça espontânea e transparente, que caminha dançando quando se sente feliz e não titubeia em ir embora se está insatisfeita. Rachel McAdams revela a jovem romântica que toma um banho de realidade quando Neil a deixa.

O espectador, por sua vez, aprende que a belíssima fotografia pode ser ao mesmo tempo alegre e melancólica, depende do sentimento dentro de cada um.


Amor Pleno (filme)
Amor Pleno (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo