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Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam
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Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

“Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam” agrada até quem não é fã de Harry Potter

O spin off de “Harry Potter” traz a assinatura da criadora original J.K. Rowling no roteiro e o diretor de vários filmes da série, David Yates. Nas telas, essa garantia resulta na fiel caracterização do universo que foi transportado para o cinema a partir dos livros da autora. E “Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam” consegue ir além, e pode ser considerado superior aos seus antecessores.

O cenário não é mais Londres, mas sim Nova York. É onde Newt Scamander (Eddie Redmayne) desembarca em 1926, a caminho de Arizona, para ajudar um dos animais que traz em sua maleta mágica. Logo, o magizoologista acaba deixando alguns dos bichos escaparem. E isso trará muitos problemas para o departamento de mágicos da cidade, preocupado em manter uma boa imagem para que as pessoas normais não os condenem. Lá trabalha Tina (Katherine Wateston), que permanecerá ao lado de Newt para ajudá-lo. Enquanto isso, o bruxo Graves (Colin Farrell) procura uma entidade diabólica que matou uma pessoa na Inglaterra e que agora se torna uma ameaça nos Estados Unidos.

Eddie Redmayne

A primeira vantagem clara de “Animais Fantásticos” sobre os demais filmes de “Harry Potter” é o ator que interpreta o personagem principal. Não há como comparar Eddie Redmayne com Daniel Radcliffe. Ainda que este última tenha evoluído conforme envelheceu, Redmayne, sete anos mais velho, é fora de série, como já provou em “A Teoria de Tudo” (2014), pelo qual conquistou o Oscar de melhor ator, e em “A Garota Dinamarquesa” (2015). A sua interpretação torna Newt um profundo conhecedor de sua ciência, mas ao mesmo tempo extremamente tímido e um pouco atrapalhado, tornando o personagem muito vivo.

Da mesma forma, não há como passar batido pela incrível reprodução nas telas dos animais fantásticos, que não soam artificiais, em especial aquele semelhante a um ornitorrinco, que coleta objetos brilhantes. É um feito e tanto, considerando a dimensão da criatividade de J.K. Rowling, capaz de imaginar seres totalmente fora deste mundo.

Enfim, o ritmo é alucinante e a ação flui com rapidez durante os 133 minutos do filme. Aliás, não há momentos arrastados, porque quando não há aventura, o humor toma conta da cena. Aquela em que Newt e um normal jantam na casa de Tina e sua irmã é hilária. Talvez o momento mais fraco seja o final, que se preocupa em mostrar o destino de cada personagem principal, em duas cenas separadas que soam um pouco redundantes.

Clima sombrio

Sob outro aspecto, alguns filmes de “Harry Potter” possuíam um clima sombrio, principalmente “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” (2004), mas aqui a dose parece maior. Os “obscurials” são bem sinistros e as mortes que eles provocam, ainda mais, deixando vítimas em estado deplorável. Ademais, a “família” fanática de Credence Barebone (Ezra Miller) possui cenas muito macabras, também.

Adicionalmente, alguns atores importantes aparecem em pequenos papéis. Por exemplo, Ron Pearlman e Jon Voight, bem como a aparição surpresa do camaleão Johnny Depp.

Com tudo isso, “Animais Fantásticos” se torna um filme divertido que agrada também aqueles que não são fãs de Harry Potter.


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