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Ao Rufar dos Tambores (filme)
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Ao Rufar dos Tambores

Avaliação:
8/10

8/10

Crítica | Ficha técnica

Logo após a declaração de independência, várias batalhas internas se sucederam nos Estados Unidos. Em Ao Rufar dos Tambores, John Ford retrata uma das mais sangrentas: a Batalha de Oriskany.

O filme se inicia em 1776, em Albany, Nova York. Gilbert se casa com Lana e a leva para morar na remota região do Mohawk Valley, onde ele foi criado. Acostumada a ambientes urbanos, a moça sofre para se adaptar a esse cenário selvagem. Porém, seu amor por Gil a encoraja a pegar na enxada para ajudar a erguer a fazenda do casal.

Porém, os opositores da independência recrutam os índios e atacam os fazendeiros do vale, que se refugiam no forte da região. Com o auxílio das tropas do Exército Continental liderado por George Washington, os colonos contra-atacam. Então, há um breve momento de paz. Contudo, os conservadores retornam num ataque massivo contra o forte.

Ao Rufar dos Tambores possui um forte apelo patriótico para o público estadunidense. Afinal, eles testemunharam na tela os feitos heroicos dos pioneiros que lutaram pela manutenção da recente independência do país. Por sinal, na última cena do filme se ergue a primeira bandeira dos EUA, com as 13 estrelas, ao som do hino nacional.

Personagens

E, mesmo para o público dos outros países, Ao Rufar dos Tambores consegue empolgar. Principalmente, porque traz três personagens fortes. Gilbert, vivido por Henry Fonda, é o americano de raiz, que nasceu no campo, e valoriza sua terra, sempre agindo com dignidade. Além disso, se arrisca corajosamente para salvar todos os colonos acuados no forte. Lana (Claudette Colbert) se transforma durante a história. Começa como uma mocinha cheia de frescuras, mas aprende a trabalhar duro ao lado do marido. No final, já está dando tiros em índios. Por fim, há a viúva McKlennar (Edna May Oliver, indicada ao Oscar por esse papel), que era casada com um general morto em ação. É uma mulher de fibra, com personalidade poderosa e que se vira sozinha melhor do que a maioria dos homens da região.

Direção de John Ford

Acima de tudo, Ao Rufar dos Tambores tem direção de John Ford, em sua primeira produção em cores. Como sempre em seus filmes, a narrativa é fluída e de fácil compreensão. E, nunca é aborrecido, pois mistura comédia e drama nessa aventura de guerra.  

Quanto à composição de imagens marcantes, Ford nos brinda com várias, das quais destacamos três. Primeiro, a festiva dança dos fazendeiros após vencerem uma batalha contra os inimigos. No celeiro, Ford apresenta seu costumeiro emolduramento dentro do quadro, inserindo a dança, depois Gil, e em seguida Lana nesse quadrado. Logo depois, um belo momento com Lana rezando para que a paz perdure, à frende de uma luz que entra pela janela, dando um tom sacro à cena. Na última composição, e talvez a mais marcante de todas, temos Gilbert fugindo no deserto. Atrás dele, a silhueta de três índios e, ao fundo, um céu avermelhado do sol que nasce imponente. Ford faz, assim, o melhor uso da nova tecnologia do filme colorido

Seja como exaltação patriótica, lição de História, apreciação cinematográfica, ou meramente uma emocionante aventura, Ao Rufar dos Tambores é mais um valioso filme de John Ford.

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Ficha técnica:

Ao Rufar dos Tambores | Drums Along the Mohawk | 1939 | EUA | 1h44min | Direção: John Ford | Roteiro: Lamar Trotti, Sonya Levien | Elenco: Claudette Colbert, Henry Fonda, Edna May Oliver, Eddie Collins, John Carradine, Dorris Bowdon, Jessie Ralph, Arthur Shields, Francis Ford, Ward Bond, Kay Linaker.

Onde assistir "Ao Rufar dos Tambores":
Ao Rufar dos Tambores (filme)
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