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Aquaman (filme)
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Aquaman

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Aquaman já aparecera em Liga da Justiça (2017), mas este é o primeiro filme solo do super-herói das águas, o equivalente da DC Comics para o Namor da Marvel.

As origens

Como de praxe, a estória mostra as origens do herói, desta vez narrada por ele mesmo. Filho de um humano comum e da rainha Atlanna (Nicole Kidman), Aquaman (Jason Momoa) precisa retornar à Atlântida. Dessa forma, ele deve evitar que seu meio-irmão, o rei Orm (Patrick Wilson) provoque uma guerra entre os povos aquáticos e os habitantes da superfície. Nessa jornada pela paz, ele precisa duelar com Orm, mas este se mostra melhor preparado. Então, Aquaman recebe a ajuda da ex-noiva de Orm, Mera (Amber Head), e de seu mentor Vulko (Willem Dafoe). Ao mesmo tempo, procura o tridente real, para provar que merece ser o novo rei da Atlântida.

Análise do filme

Aquaman não foge das fórmulas que embalam o sucesso de megaproduções sobre super-heróis. Ou seja, nomes famosos no elenco, efeitos visuais caprichados (aqui se destaca a criação do mundo submerso de Atlântida), um pouco de humor e uma pequena dose de violência. Adicionalmente, uma duração de quase duas horas e meia. Por outro lado, o visual colorido e o tom leve de Aquaman aproximam o filme das produções da Marvel. Dessa forma, nega a vertente mais dark que a DC a princípio queria seguir, e que se iniciara com a trilogia do Batman criada por Christopher Nolan em 2005.

Quem dirige Aquaman é o australiano James Wan, criador da franquia Jogos Mortais (Saw). Antes, o cineasta já havia trabalhado com orçamento generoso em Velozes & Furiosos 7 (2015). E o melhor momento de James Wan no filme é a sequência onde Aquaman e Mera enfrentam seres da Atlântida. Simultaneamente eles travam lutas distintas numa pequena cidade na Sicília, no mesmo espaço físico mas separados uma da outra. Assim, a sequência transita de uma luta à outra, substituindo os tradicionais cortes pelo travelling da câmera de um ponto ao outro.

Referências

Adicionalmente, Aquaman coloca referências a filmes de aventura com a assinatura de Steven Spielberg. Nesse sentido, no deserto do Saara, onde existem as ruínas de uma cidade da Atlântida, Aquaman e Mera buscam pistas para o tridente em um jogo que lembra Indiana Jones em Os Caçadores da Arca Perdida (1981). Em outro momento, quando os dois chegam a um mundo perdido, na praia encontram vários dinossauros pequenos, remetendo à lembrança das franquias Jurassic Park e Jurassic World.

Sob outro aspecto, Jason Momoa, com seu porte avantajado e visual peculiar, é uma boa escolha para o herói de um mundo desconhecido como a Atlântida, mesmo sendo muito diferente dos desenhos originais do Aquaman dos quadrinhos. Afinal, ele acaba servindo bem para o humor que se aproveita das diferenças entre os costumes do povo da superfície e das profundezas, ao trocar impressões com Mera.

Efeitos visuais

Já os efeitos visuais aproveitam as imensas possibilidades criativas para desenhar o mundo de Atlântida. De fato, ele surge nas telas com muitas cores e vários detalhes. Porém, nem sempre os atores dentro da água funcionam. Em outras palavras, há cenas em que os personagens parecem mais desenhos do que atores reais. Definitivamente, o que mais agrada é a possibilidade de nadar rapidamente para se deslocar de um lugar ao outro. Como resultado, isso acaba proporcionando boas cenas de luta. Contudo, no final, como é comum em vários filmes de super-heróis de hoje, a quantidade de ação na tela acaba confundindo o espectador. Na verdade, nos combates um a um, o resultado é bem melhor.

Por fim, Aquaman se destaca pelo diferencial de lidar com um mundo submerso nas águas. Mas não traz nada além da mesma diversão dos atuais filmes de super-heróis com pegada leve.


Aquaman (filme)
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