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As Aventuras de Pi (filme)
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As Aventuras de Pi

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

As Aventuras de Pi encanta o espectador por sua história fantástica e visual deslumbrante. E, ainda, provoca a reflexão.

Assisti ao filme em dvd, o que faz perder grande parte da grandiosidade das imagens em 3D, melhor apreciadas no cinema. Mesmo assim, são de fazer prender a respiração as cenas como a dos peixes e outros seres marinhos submersos passando por baixo do bote, e tantas outras. Merecidamente, o filme levou o Oscar de fotografia e efeitos visuais (além de direção e trilha sonora).

Ainda assim, alguns recursos de efeitos especiais computadorizados poderiam ter sido deixados de lado, pois soam forçados. É como quando lhe dão uma lata de tinta para pintar uma parede e sobra um pouco de tinta – você acaba dando uma mão a mais para usar o que sobrou. Por exemplo, quando aparece a imagem do instrutor de natação de Pi, como a animação em “motion-caption” do filme As Aventuras do Tintim (2011), a cena é engraçada por exagerar nos ombros de nadador do personagem, mas o efeito desnecessário e que afasta demais o espectador da realidade.

Fantasia e realidade

O Oscar de melhor diretor premia a fluência da narrativa. Com genialidade, Ang Lee conta a versão fantástica do fato com as cenas que o filme mostra enquanto a história supostamente realista é rapidamente contada em prosa.

As Aventuras de Pi permite ao expectador eleger qual versão do fato é a verdadeira. Aquela com o tigre de bengala Richard Parker, a zebra, a hiena e o orangotango presos no bote com Pi, ou aquela em que a zebra é um dos tripulantes do navio, a hiena o cozinheiro, o orangotango a mãe de Pi e o tigre está na mente do personagem principal, representando seus medos e carências. A versão fantástica se encaixa na realista. Afinal, não há dúvida que o maior desafio de uma pessoa está dentro de si mesmo.


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