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As Quatro Irmãs (filme)
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As Quatro Irmãs

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

As Quatro Irmãs é mais uma versão do livro “Mulherzinhas” (Little Women) escrito por Louisa May Alcott. E, dentre as muitas adaptações para o cinema e televisão, como o Adoráveis Mulheres (2019) de Greta Gerwig, esta é uma das mais elogiadas. Dirigida por George Cukor, seu roteiro escrito por Sarh Y. Mason e Victor Heerman ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.

Além das premiações, As Quatro Irmãs foi um sucesso de público. Acima de tudo, a responsabilidade pelo seu êxito cabe ao diretor George Cukor. Afinal, graças à carreira em ascensão, Cukor pôde impor algumas condições ao estúdio RKO, de David Selznick. Entre elas, as atrizes Katharine Hepburn e Joan Bennett, bem como o figurinista Walter Plunkett, estreando oficialmente na indústria do cinema. Como resultado, obteve críticas favoráveis nesses quesitos.

Elenco

Assim, Katharine Hepburn assume o papel de Jo March, a irmã mais independente que vira escritora. À frente de seu tempo, abandona um romance com o rapaz vizinho rico e viaja sozinha para Nova York, onde se concentra em sua carreira. Sob esse ângulo, realmente Hepburn seria uma ótima escolha. Porém, esta versão investe numa Jo com características mais atrapalhadas, beirando uma molecona mais infantilizada. Então, nesse aspecto, a autossuficiente persona de Hepburn não se encaixa bem com a personagem.

Por outro lado, Joan Bennet, que já contava com vários protagonismos em filmes, entra aqui num papel secundário. E ela cai como uma luva na personagem Amy March, a travessa irmã que comete erros gramaticais quando fala. Mais bonita que Jo, seu objetivo é se casar bem.

Nos dois primeiros terços de As Quatro Irmãs, o tom é de humor. Mas um humor de risos, não de gargalhadas, que espelha o espírito jovial e brincalhão de Jo. E o ritmo é cadenciado, com sequências longas, como era característico de George Cukor, com algumas boas exceções – por exemplo, Núpcias de Escândalo (1940), também com Katharine Hepburn.

Na parte final, o filme mergulha no drama. Afinal, esse segmento enfoca a vida de Jo Marsh, sozinha em Nova York, ao mesmo tempo que a irmã caçula Beth se encontra gravemente enferma.

George Cukor

Quanto à direção, Cukor assume-a ativamente, provando que não está lá apenas para cumprir tabela. Por exemplo, nos enquadramentos, ele ousa bastante ao colocar planos onde a protagonista se encontra focada em segundo plano dentro de algum espaço determinado. Nesse sentido, repare na cena filmada do alto da escada na casa da tia, onde Jo está no piso inferior, bem como naquela em que Jo e o vizinho estão atrás de uma cerca conversando.

Enfim, revisitando As Quatro Irmãs atualmente, sentimos falta do espírito determinado de Jo, mais evidente no livro e nas versões mais recentes. Igualmente, e por esse motivo, tanto a personagem quanto Katharine Hepburn parecem mal utilizadas. Como contrapeso, o filme ganha com a presença de Joan Bennett e com a direção autoral de George Cukor, um diretor criticado por muitos por ser um burocrático profissional de estúdio.    


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