Bala Perdida 3

Título original: Balle Perdue 3

Ano de lançamento: 2025

Data de estreia no Brasil: 07/05/2025

Direção: Guillaume Pierret

Gênero: ,

Mais informações na ficha técnica abaixo do texto

Avaliação: 7/10

O terceiro filme da série francesa Bala Perdida se mantém firme na mesma pista na qual iniciou a sua jornada. A proposta, um filme policial repleto de perseguições em veículos turbinados, evidentemente se inspira na franquia norte-americana Velozes e Furiosos (iniciada em 2001), antes de ela se transformar em megaproduções mirabolantes de espionagem.

Um breve resumo dos três filmes

Só para recordar, no primeiro Bala Perdida (2020), o ladrão especializado em mecânica Lino (Alban Lenoir), preso em uma tentativa de roubo frustrado a uma joalheria, é recrutado pelo policial Charas (Ramzy Bedia) para modificar os carros do batalhão, em troca de antecipação de sua condicional. Surge uma bela parceria, mas Charas é morto pelo colega corrupto Areski (Nicolas Duvauchelle), e Lino precisa provar que não tem nenhuma relação com esse assassinato.

No segundo Bala Perdida (2022), Lino parte para a vingança contra Marco (Sébastien Lalanne), o sócio de Areski. A policial Julia (Stéfi Celma) precisa impedí-lo, pois isso prejudicará a investigação para prender Areski.

Bala Perdida 3 começa dois anos depois dos eventos do filme anterior, que termina com Lino ferido e preso pela polícia espanhola. Areski vive na Alemanha sob outra identidade, mas é descoberto. E, agora, um policial corrupto do alto escalão, Resz (Gérard Lanvin), quer eliminá-lo por saber demais. Enquanto isso, através de um acordo de troca de prisioneiros, Lino retorna para França. E, ele ajudará Julia a proteger Areski para que possa testemunhar sobre o esquema ilegal dentro da polícia. Desta vez, mais um personagem da corporação revelará sua desonestidade.

Ação sem computação

Enredo à parte, a força de Bala Perdida 3, assim como nos filmes anteriores, está nas cenas de ação. Principalmente aquelas que envolvem veículos – carros, caminhões e até helicópteros. A primeira delas não tarda a aparecer na tela, e envolve a eliminação do prisioneiro que foi trocado por Lino. A segunda acontece nas ruas da cidade, numa sequência longa que contém uma luta envolvendo três oponentes: Lino, Areski e Yuri (Quentin D’Hainaut), o capanga de Resz (que talvez seja o grande vilão de um possível quarto filme).

Mas a sequência de perseguição mais espetacular acontece numa estrada. Julia, que transporta Areski, é perseguida por um caminhão e três carros da gangue de Resz. Em seguida, Lino aparece para ajudá-la, dirigindo um caminhão-guincho amarelo equipado com disparadores de fogos de artifício. O clímax desse segmento é tão grandioso que poderia estar num dos filmes da franquia Missão: Impossível. Como a ação é filmada com carros de verdade, num estupendo trabalho dos dublês e dos responsáveis pelos efeitos especiais, tudo fica mais empolgante do que se resultasse de computação gráfica. O uso de drones, muitas vezes em alta velocidade em direção contrária aos veículos, incrementa a adrenalina.

Bala Perdida 3 não desaponta e reafirma a franquia como um belo exemplo de filme de ação francês. Só não pode cair nos erros da franquia que o inspirou.

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Ficha técnica:

Bala Perdida 3 | Balle Perdue 3 | 2025 | 111 min. | França | Direção: Guillaume Pierret | Roteiro: Guillaume Pierret, Caryl Ferey | Elenco: Alban Lenoir, Nicolas Duvauchelle, Stéfi Celma, Gérard Lanvin, Quentin D’Hainaut, Julie Tedesco, Anne Serra, Charles Morillon, Ramzy Bedia, Sébastien Lalanne.

Distribuição: Netflix.

Onde assistir:
Alban Lenoir em "Bala Perdida 3"

Outras críticas:

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