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Blast Beat: Um Sonho na América (filme)
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Blast Beat: Um Sonho na América

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Um jovem colombiano vive o american dream em Blast Beat: Um Sonho na América.

Esse longa-metragem é uma variação do curta metragem homônimo que o diretor Esteban Arango realizou em 2015. Apesar de o seu roteiro não ser baseado em acontecimentos reais, a trama do filme guarda alguma semelhança com a vida do cineasta, que nasceu na Colômbia e emigrou para os EUA para trabalhar.

Blast Beat: Um Sonho na América acompanha a trajetória de Carly, um jovem no final do ensino médio. Em 1999, seu pai emigra para Atlanta, nos Estados Unidos, para fugir da violência e da extorsão que reinavam em Bogotá. Logo que ele se estabelece, chama sua esposa e seus filhos Carly e o caçula Mateo, para se juntar a ele.

A primeira parte acompanha Carly se despedindo de seus familiares e amigos. Enquanto isso, fica evidente que Mateo ainda é um desajustado, tanto que explode uma casa de bonecas de uma residência que invade. E isso enquanto a polícia o perseguia por pichar um muro. Na verdade, ele parte contrariado para os EUA, e lá continuará com o mesmo mau comportamento. Dessa forma, prejudica os planos de Carly, um gênio das Ciências que pretende trabalhar na NASA.

Enquanto relata os contratempos que Carly e Mateo enfrentam para se adaptar à vida nos EUA, Blast Beat: Um Sonho na América consegue se sustentar. Considerando a origem do diretor, encontramos autenticidade nos problemas relacionados a bullying e ao visto de permanência.

Conto de fadas

Por outro lado, o personagem de Carly soa artificial. Para começar, há uma evidente intenção ao caracterizá-lo como um cabeludo, fã de death metal, que veste roupas pretas e jaqueta de couro etc. A finalidade é surpreender o público contrapondo a ideia preconcebida sobre esse tipo de perfil. Assim, Carly é uma pessoa séria, estudiosa, que não bebe, tem objetivos profissionais claros, e é um gênio em Ciências.

Além disso, o que parece ainda mais forçado é a sua jornada. Apesar de vários percalços e algumas decepções, tudo acaba maravilhosamente bem para ele. Assim, reforça a ideia de que os EUA é a terra das oportunidades, mensagem clichê que o país vende desde a ocupação da sua costa oeste.

Se fosse o retrato de uma história verdadeira, o filme poderia ser uma emocionante crônica de um vencedor. Porém, não há nenhuma indicação de que os fatos descritos sejam reais. Portanto, sabendo que tudo saiu da imaginação dos roteiristas, o filme se aproxima de um ingênuo conto de fadas. E o filme não comporta essa liberdade. Pelo menos, é o que indica os trechos iniciais que emulam trechos de um home vídeo gravado em Bogotá.

Por fim, como curiosidade, dois irmãos novaiorquinos, descendentes de colombianos, interpretam os protagonistas. Mateo Arias, o mais novo, faz o papel do primogênito Carly. Enquanto isso, Moises Arias, o mais velho, interpreta Mateo, o caçula no filme.

Ficou interessado? Então, o filme está disponível com exclusividade para aluguel e compra nas plataformas digitais Apple TV (Itunes), Google Play, Looke, Microsoft Films &TV (Xbox), Now, Sky, Vivo Play.

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Ficha técnica:

Blast Beat: Um Sonho na América (Blast Beat) 2021. EUA. 105 min. Direção: Esteban Arango. Roteiro: Erick Castrillon, Esteban Arango. Elenco: Mateo Arias, Moises Arias, Daniel Dae Kim, Kali Uchis, Ashley Jackson, Diane Guerrero, Wilmer Valderrama.

Distribuição: Sony Pictures

Onde assistir:
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