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Cascavel (filme)
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Cascavel

Avaliação:
3/10

3/10

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Crítica | Ficha técnica

O filme Cascavel quer passar uma lição de moral, mas seu roteiro previsível dispersa o espectador.

Katrina viaja com sua filha Clara, de 7 anos, por uma pequena estrada no deserto do Texas quando o pneu de seu carro fura. Enquanto ela troca o pneu, uma cascavel morde a pequena Clara. Então, o veneno começa a agir rapidamente e Katrina corre desesperada pelo campo com a menina nos braços até um trailer. Dentro dele, uma estranha mulher consegue curar Clara, como um milagre. Porém, alguns fantasmas aparecerão para cobrar de Katrina o preço pela cura. Ela deverá oferecer uma alma em troca da salvação de Clara. E o prazo é de apenas sete horas.

A partir daí, parece que o filme Cascavel colocará Katrina em situações de dilema moral. Pelo menos, sinaliza nessa direção quando ela precisa decidir se aproveita a oportunidade de pagar sua dívida sacrificando um paciente em estágio terminal. Porém, o roteiro deixa de lado esse direcionamento e o troca pela questão de escolher uma vítima que merece morrer. Então, ela parte atrás de um marido que bate na mulher dele.

Sem sentido

A estória se perde nesse dilema e na aparição de fantasmas, quatro no total, sem sequer explicar como cada um morreu. Fica totalmente sem sentido, então, mostrar um padre pegando fogo, um menino dando cabeçadas no vidro do carro e uma fotógrafa com bolotas estranhas no pescoço.

O roteiro, escrito pelo próprio diretor Zack Hiditch, de 1922 (2017), retrata os passos de Katrina até ela conseguir cumprir sua parte na barganha, sem nenhuma surpresa. No entanto, o filme não coloca em dúvida se ela conseguirá ou não ir até as últimas consequências, o que poderia dar um pouco de suspense no seu clima insosso.

Há uma intenção de fundamentar o roteiro no dilema moral da protagonista Katrina. Mas isso se perde quando o questionamento muda do direito de tirar uma vida para o de escolher quem merece morrer. Ou seja, não adiantou abrir o filme com uma visão do alto do carro de Katrina andando na estrada, que reflete a ideia de um ser superior de olho na personagem, sempre pronto para julgá-la.

E termina com ela brincando com sua filha de encontrar palavras que começam com uma letra. O jogo está na letra “i”, que em inglês significa também “eu”, e Katrina repete a letra várias vezes. Agora, a lição de moral recai sobre o egoísmo de Katrina, disposta a tirar uma vida de alguém desconhecido para salvar a sua filha. Por fim, quem julga a protagonista é sua própria consciência.

Dessa forma, o filme Cascavel não consegue manter a atenção do espectador, e muito menos provocar seu questionamento sobre algum princípio universal. Aliás, o diretor e roteirista Zack Hiditch nem conseguiu se decidir sobre qual questão refletir.

 

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