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Christine: Uma História Verdadeira (filme)
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Christine: Uma História Verdadeira

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Christine: Uma História Verdadeira é um filme sobre a chocante história real da apresentadora de TV Christine Chubbuck que coloca o espectador na mesma posição das pessoas que conviveram com ela.

A história se passa em Sarasota, nos EUA, em 1973. Christine (Rebecca Hall) é uma apresentadora de TV em ascensão. O outro apresentador, George (Michael C. Hall), mais famoso, é o alvo da paixão platônica de Christine. Ela leva uma vida pessoal solitária, e mora com a mãe que também está solteira.

As reportagens positivas realizadas por Christine não trazem muita audiência e a emissora pede temas mais violentos. Enquanto isso, sua mãe arruma um namorado, e passa a lhe dar menos atenção. Então, Christine mostra sinais de descontrole e agressividade, e, quando George a convida para sair, a leva para uma terapia em grupo. O sucesso de George resulta na sua promoção para assumir um cargo em Baltimore. Reagindo a todas essas mudanças, Christine acabará tomando uma atitude desesperada, que surpreenderá a todos, inclusive o espectador.

Se você se lembra da exuberante Rebecca Hall, a amiga de Scarlett Johansson em Vicky Christina Barcelona (2008), esqueça essa imagem. Em Christine: Uma História Verdadeira, a atriz se despe do glamour e convence como uma solteirona de 29 anos, ainda virgem. Na primeira parte do filme, Christine parece muito segura profissionalmente, e até peita seu chefe Michael (Tracy Letts) sobre as decisões dele. Relaciona-se bem com seus colegas e com sua mãe. Porém, conforme o filme avança, ela começa a se desestruturar.

Conhecendo Christine

O espectador, que acompanha tudo isso, acaba naturalmente abraçando Christine como uma pessoa conhecida, que convive em seu meio mas não chega a ser muito íntima. Ela, definitivamente, não é muito agradável, por isso não consegue desenvolver um relacionamento mais sólido com ninguém. Por isso, espelhos, de variados formatos, surgem em várias cenas junto com Christine. Afinal, esse objeto costuma ser usado no cinema para representar a personalidade dividida de um personagem.

O filme de Antonio Campos inteligentemente constrói essa cumplicidade do espectador com a situação de Christine, e isso é fundamental para que o desfecho o sensibilize de maneira impactante. Talvez o público se pergunte se vale a pena acompanhar essa história sobre esse personagem não tão simpático e essa questão o coloca contra a parede quando o destino da apresentadora é revelado. O efeito surpreende porque parece que o fato acontece com algum conhecido do espectador que não recebeu a devida atenção.

Na verdade, Christine: Uma História Verdadeira não se restringe a uma resposta sobre o que motivou a personagem. Afinal, na realidade, ninguém sabe se foi alguma das situações que ela vivia, ou algo que já estava dentro dela, ou mesmo uma soma de tudo isso.

Assim, mesmo sendo baseado em fatos reais, é melhor evitar os spoilers e sentir o filme como se fôssemos uma das pessoas que conviveu com Christine.


Christine: Uma História Verdadeira (filme)
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