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Chico Diaz é homenageado na 16ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto

Chico Diaz - homenageado 16a CineOP Foto_Leo_Lara_Universo Produção

A 16ª CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto acontece online entre os dias 23 e 28 de junho de 2021. A edição tem a temática “Memórias entre diferentes tempos”, e destaca a década de 1990 em suas discussões e reflexões nas temáticas Preservação, História e Educação.

Neste ano, a CineOP homenageia Chico Diaz. O ator é um dos talentos centrais da teledramaturgia e do cinema nas últimas décadas e presença constante em filmes importantes dos anos 1990. Por exemplo, Chico Diaz esteve em “Corisco & Dadá” (Rosemberg Cariry, 1996), “Os Matadores” (Beto Brant, 1997) e “Baile Perfumado” (Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1996), entre vários outros.

Chico Diaz

Nascido na Cidade do México, de mãe brasileira e pai paraguaio, Chico se estabeleceu no Rio de Janeiro no fim dos anos 1960. A experiência transnacional na América Latina lhe deu, por condição e experiência, uma bagagem singular para construir uma carreira no país e no exterior. Nas últimas quatro décadas, tem sido um dos atores brasileiros que marcaram com mais ênfase o cinema de seu tempo, além de TV e teatro.

“Nosso homenageado começou no teatro no fim dos anos 1970 e, em 1982, atuou em seu primeiro filme, ‘O Sonho não Acabou’, de Sérgio Rezende. Ele estreia no cinema no ano posterior do maior êxito de ocupação de mercado da Embrafilme e é quando começa uma crise que anunciava mudanças no mercado local. Por isso, seus primeiros filmes soam como, ao mesmo tempo, o início e o ocaso de uma geração”.

Francis Vogner dos Reis e Cleber Eduardo (curadores da CineOP)

Em entrevista à Universo Produção especialmente produzida para compor a homenagem, Chico Diaz relembrou toda a sua trajetória e apontou o cinema como o ambiente que o projetou nacionalmente, a ponto de dar-lhe autonomia em seus caminhos profissionais.

“Claro que já havia um fazer poético, uma forma de eu ver a vida que se cristalizaria de alguma forma, e isso veio a partir do cinema”.

Chico Diaz

Na conversa com o curador Francis Vogner, Chico falou de como se aproxima dos papéis que assume.

“É preciso ter um canal de afeto e de amor muito grande pelo ser que você vai representar. Você tem que procurar uma divindade em cada um deles. Talvez a minha trajetória se deva a querer aprender com o entorno que me cerca e é importante se colocar de uma forma justa e adequada para que o personagem esteja conforme o momento histórico, geográfico e o que aquele povo realmente é”.

Chico Diaz

Em relação à década escolhida para as reflexões desse ano na CineOP, o ator reconheceu o impacto na sua carreira:

“O começo dos anos 90 foi quando tive os primeiros sinais de que eu estava no caminho certo. Quando veio a Retomada e esses filmes vêm à tona, eu também vim à tona, num momento em que estava fora do panorama da mídia muito forte (a televisão). Aquela solidão, aquele abandono, aquele silêncio que levei por tanto tempo estavam construindo algumas capacidades e potências de decodificação para os personagens”.

Chico Diaz

Mostra Homenagem Chico Diaz

A Mostra Homenagem, dedicada a trabalhos com a presença de Chico Diaz, contará com a exibição dos longas “A Cor do seu Destino” (Jorge Durán, 1986), “Corisco e Dadá” (Rosemberg Cariry, 1996), “Os Matadores” (Beto Brant, 1997), “Amarelo Manga” (Cláudio Assis, 2002), “Praça Saens Peña” (Vinicius Reis, 2008); dos curtas “De Sentinela” (Katia Maciel, 1993), “Cachaça” (Adelina Pontual, 1995), “Quem Você mais Deseja” (André Sturm e Silvia Rocha Campos, 2005); além do longa português “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (João Botelho, 2020). Será exibida ainda a peça de teatro “A Lua vem da Ásia”, adaptação do próprio Chico para o romance de Walter Campos de Carvalho.

A CineOP promove também o debate “O percurso de Chico Diaz em quatro décadas”, com a participação de Francis Vogner dos Reis, com mediação de Simone Zuccolotto. O tema será o percurso do ator e questões sobre as diferenças de processos de criação e de modos de produção entre os distintos momentos históricos de sua trajetória e as mudanças nos processos de construção como ator. Ele participa ainda de outra mesa, “Girassol Vermelho – Um filme em processo”, que vai tratar desse trabalho inédito e em finalização do cineasta mineiro Éder Santos.

Sobre a CineOP

A CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto chega a sua 16ª edição, de 23 a 28 de junho de 2021, no formato online e reafirma seu propósito de ser um empreendimento cultural de reflexão e luta pela salvaguarda do rico e vasto patrimônio audiovisual brasileiro em diálogo com a educação e em intercâmbio com o mundo.

Estrutura sua programação em três temáticas: preservação, história e educação. Durante seis dias de evento, o público terá oportunidade de vivenciar um conteúdo inédito, descobrir novas tendências, assistir aos filmes, curtir lives musicais, trocar experiências com importantes nomes da cena cultural, do audiovisual, da preservação e da educação, participar do programa de formação que oferece oficinas, masterclasses internacionais e debates temáticos. Tudo de graça pelo site www.cineop.com.br

fonte: divulgação

Serviço

16ª CINEOP – MOSTRA DE CINEMA DE OURO PRETO

23 a 28 de junho de 2021

Idealização e realização: Universo Produção

Secretaria de Estado de Cultura e Turismo – Governo de Minas Gerais

Secretaria Especial de Cultural / Ministério do Turismo / Governo Federal

Foto: divulgação/Leo Lara/Universo Produção

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