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Curva do Destino (filme)
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Curva do Destino (Detour)

Avaliação:
7.5/10

7.5/10

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Crítica | Ficha técnica

Curva do Destino é um pequeno filme policial dirigido por Edgar G. Ulmer, prolífico realizador do gênero nos anos 1940.

O grande charme de Curva do Destino está na sua história, escrita e roteirizada por Martin Goldsmith. Lembrando Depois de Horas, de Martin Scorsese, a trama leva o protagonista para uma espiral de acontecimentos que tornam sua situação cada vez mais angustiante.

Na trama, Al Roberts, um pianista de boate de Nova York, parte para Los Angeles para reencontrar sua noiva. Para sua tristeza, ela tinha se mudado para a costa oeste em busca de melhores oportunidades como cantora.

(spoiler adiante)

Mas, como não tem dinheiro, Al pretende fazer a longa viagem pedindo carona. Então, em um dos trechos, pega a direção para revezar com o dono do carro, que adormece no banco do passageiro. Porém, quando para no acostamento e abre a porta, o homem cai no chão, bate a cabeça e morre. Assustado, Al resolve esconder o corpo no mato e segue viagem com o carro do morto.

E a coisa começa a piorar quando ele dá carona para uma moça, Vera, que, por coincidência havia pegado carona com o homem que morreu. Como o homem tentou se aproveitar dela, Vera o havia arranhado e fugido. Por isso, ela facilmente reconhece o carro e ameaça chamar a polícia caso Al se recuse a fazer suas vontades, como vender o carro em Los Angeles. Vera começa a seduzir o rapaz, porém, ele resiste para se manter fiel a sua noiva.

Eis que, depois de discutirem em um quarto de hotel, Al acidentalmente mata Vera estrangulando-a com o fio do telefone. Até aí, o enredo era perfeito, e filmado em ritmo acelerado por Edgar G. Ulmer.

Anticlímax

Mas o filme precisava de uma conclusão, e esta é a única falha de Curva do Destino. A narração do protagonista, característica do film noir, esteve presente o tempo todo, sendo bem utilizada. Contudo, a solução final da história acaba sendo revelada nessa narração, provocando um anticlímax que frustra o espectador.

É uma pena, porque Curva do Destino apresentara, até então, cenas filmadas com muita engenhosidade por Ulmer. Já no seu início, na estrada à noite, há uma tomada filmada de dentro do carro que, contrariando o óbvio, se move para trás e não para frente. É um recurso estilístico intimamente ligado com a narrativa, como se evidenciará em seguida.

Afinal, logo perceberemos que o filme será contado através de flashbacks, a partir do protagonista. Al é apresentado ao público de forma brilhante. Sozinho numa lanchonete, ele está nervoso e de mau humor, discute com outros clientes do local, até que o diretor Edgar G. Ulmer fecha a luz nele e Al começa a contar sua história. Daí a conexão com a filmagem na estrada em um carro que se movimenta para trás, como faz um flashback.

Vale muito a pena se divertir com esse filme policial de pouco mais de uma hora de duração.

 

Curva do Destino (filme)
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