De Volta à Itália não apresenta nada de muito original. Porém, traz a beleza da Toscana e a curiosidade de reunir Liam Neeson e seu filho Micheál Richardson como protagonistas. E esses elementos são suficientes para levar um colorido especial às telas.
Robert (Neeson) era um pintor famoso quando um acidente automobilístico matou sua mulher italiana na Toscana, onde viviam. Seu filho Jack (Richardson), na época uma criança, sobreviveu, mas o sentimento de culpa de Robert os impede, até hoje, de serem muito próximos.
Jack precisa conseguir dinheiro com urgência para comprar a galeria de arte que administra. Então, os dois partem de Londres para vender a antiga casa onde moraram na Toscana. Com isso, se deparam com lembranças dolorosas.
O experiente ator James D’Arcy escreveu o roteiro de De Volta à Itália para estrear na direção de longas. A primeira coisa que ele faz é aproveitar as belas paisagens da ensolarada região italiana onde se desenrola a trama. Além disso, essa turnê turística ainda ganha personagens secundários simpáticos. Por exemplo, a corretora de imóveis Kate (Lindsay Duncan) e a chef de cozinha Natalia (Valeria Bilello), que se envolve romanticamente com Jack.
Uma dose de drama
No clímax dramático, Robert revela ao filho o motivo de se sentir culpado pelo acidente. Como em outros filmes dramáticos, a obsessão pelo trabalho foi a causa da tragédia. No entanto, mais do que o desenrolar dessa trama, que na verdade não traz novidade, chama a atenção a tocante atuação de Liam Neeson ao lado de seu filho Micheál Richardson, que tenta acompanhá-lo. Aliás, os dois trabalham sentimentos muito íntimos nesse trecho, pois a atriz Natasha Richardson, mãe de Micheál e esposa de Liam, faleceu num acidente em 2009.
O enredo de De Volta à Itália contém soluções simples, e exatamente por isso não soam forçadas. E, dessa forma, estão em sintonia com o tom ameno desse drama sem sentimentalismo descomedido. Acima de tudo, o filme é uma experiência agradável.
