1º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos

Para Onde Voam as Feiticeiras (filme)

Diversas temáticas ligadas aos Direitos Humanos entram em cartaz em um novo festival que reúne filmes, performances musicais e debates. Agendado para o período de 7 a 14 de março de 2021, o 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos acontece de forma online e gratuita, via plataformas e redes sociais.

O acesso ao conteúdo de toda a programação se dá através do endereço www.dhfest.com.br. Informações sobre o evento podem ser acompanhadas através de suas redes sociais: Instagram [www.instagram.com/dh.fest], Twitter [https://twitter.com/dhfest] e Facebook [www.facebook.com/direitoshumanosfest].

Estão na programação 11 longas-metragens recentes, com destaque para “Kunhangue Arandu – A Sabedoria das Mulheres”, de Alberto Alvares e Cristina Flória. Em estreia no evento, o filme foi realizado na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, e focaliza o universo das mulheres Guarani. Uma realização do SescTV, o documentário entra na programação do canal no dia 19 de abril (sesctv.org.br).   

Também fazem parte da grade títulos inéditos comercialmente no Brasil. Por exemplo: “A Cordilheira dos Sonhos”, de Patrício Guzmán, vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Cannes;  “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza, melhor filme na mostra Generation 14Plus do Festival de Berlim; “Para Onde Voam as Feiticeiras” (foto), de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, melhor filme no festival Queer Porto 6, em Portugal; e “Selvagem” de Diego da Costa, vencedor do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.

As exibições cinematográficas trazem ainda 26 curtas-metragens, um deles em pré-estreia mundial: “Finado Taquari”, de Frico Guimarães, que acompanha uma viagem por um rio do Mato Grosso do Sul, ameaçado por assoreamento. Outros filmes curtos se destacaram por premiações e elogios no circuito de festivais. É o caso de “Perifericu”, sobre as adversidades de ser LGBT nas periferias paulistanas, premiado comomelhor filme no Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum. Já “A Morte Branca do Feiticeiro Negro” foi selecionado para o Doclisboa – Festival Internacional de Cinema, Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, Entretodos – Filmes Curtos e Direitos Humanos, FestCurtas Fundaj e pelo CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto. Está presente ainda o fenômeno “Carne”, uma animação que conquistou mais de 70 premiações e integrou a shortlist para o Oscar 2021.

Para aprofundar as discussões suscitadas, 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos conta, ainda com um ciclo de debates. Destaques:

10/03, quarta-feira, às 17h00

“Vladimir Herzog e o documentário social: memória e justiça”

com João Batista de Andrade, Tata Amaral e Paula Sacchetta (mediação)

O jornalista Vladimir Herzog tornou-se símbolo dos horrores cometidos pela violência da ditadura militar no Brasil com seu assassinato em outubro de 1975. No entanto, pouco se conhece o papel fundamental que Herzog teve no cenário cinematográfico brasileiro nas décadas de 1960 e 1970. Ele defendia, sobretudo, uma prática audiovisual que tomasse posição diante das desigualdades do país – seja em sua relação com a Cinemateca Brasileira; seja na direção e escrita de seu único filme, o curta-metragem “Marimbás”. João Batista de Andrade, amigo pessoal de Vlado, e Tata Amaral, renomados nomes do cinema nacional e cuja trajetória é pautada pelo respeito aos Direitos Humanos, prestam homenagem à memória do jornalista e ao seu legado para o documentário social. Com mediação da documentarista Paula Sacchetta, especializada em temas ligados aos Direitos Humanos.

11/03, quinta-feira, às 17h00

Entrevista “Meu norte é o sul: retratos latino-americanos no cinema”

com Patricio Guzmán e Luiz Carlos Merten (mediador)

A carreira do cineasta chileno Patricio Guzmán se desdobra ao longo das últimas cinco décadas sobre o trauma coletivo produzido pela ditadura militar de Pinochet em seu país, e sobre memórias e vestígios de prisioneiros e desaparecidos políticos. Seu filme mais recente, “A Cordilheira dos Sonhos”, e o empenho em trabalhar o passado do Chile e por consequência da América Latina, são temas da conversa entre Guzmán e o jornalista e crítico de cinema Luiz Carlos Merten. Este encontro se propõe a pensar como o cinema e a cultura podem produzir uma poesia marcada por discussões do Sul global sobre os Direitos Humanos.

1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Pardieiro Cultural, Instituto Vladimir Herzog e do Sesc São Paulo. Correalizado pela Criatura Audiovisual, conta com parcerias com os Jornalistas Livres, Mundo Pensante, Projetemos e com a Ação de Rua – SP. O evento é viabilizado através do Edital ProAC Expresso / Lei Aldir Blanc nº 40/2020. As plataformas digitais parceiras são o Sesc Digital e a Innsaei.TV.

A curadoria do 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos é assinada por Leandro Pardí (música), Francisco Cesar Filho (cinema) e pelo Instituto Vladimir Herzog em parceria com o Sesc São Paulo (debates).

Sobre o festival, o diretor regional do Sesc São Paulo, professor Danilo Santos de Miranda, comenta: “Ao propiciar e difundir ações, sejam artísticas ou socioeducativas, que contribuam para a efetivação dos Direitos Humanos em diferentes âmbitos a instituição reafirma seu compromisso na construção de uma sociedade cujos valores da solidariedade e da igualdade estejam presentes nas variadas formas de convivência.”


Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, afirma que o festival pretende contribuir para a construção de um país mais justo e democrático. “O Instituto Vladimir Herzog, desde sua fundação, aposta na cultura e acredita que a arte pode sensibilizar para o exercício da cidadania. Esta iniciativa reafirma a importância dos Direitos Humanos e responde ao contexto desolador de desmonte das políticas públicas de cultura no Brasil. Vamos seguir na luta por direitos valorizando por meio do diálogo o que temos de melhor: nossa diversidade e nossa cultura”.


Para Leandro Pardí, o evento pretende “desde sua primeira edição valorizar a música enquanto elemento engajador e representante de discursos plurais que inspiram transformações a favor da diversidade”. Ele ressalta que o objetivo do festival é “criar um hub para a cultura cidadã, abordar as temáticas de Direitos Humanos pertinentes ao desenvolvimento cultural e social.”


Segundo Francisco Cesar Filho, o festival pretende “estimular a reflexão sobre as diversas temáticas ligadas aos Direitos Humanos, reunindo obras cinematográficas, apresentações musicais e mesas de discussão que dialoguem com esses temas. Assim, se enriquece um debate que se mostra extremamente necessário na atualidade em nosso país.  

Serviço:

1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos

de 7 a 14 de março de 2021

online e gratuito

www.dhfest.com.br 

realização:

Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Pardieiro Cultural, Instituto Vladimir Herzog e Sesc São Paulo

correalização:

Criatura Audiovisual

parcerias:

Jornalistas Livres, Mundo Pensante, Projetemos e Ação de Rua – SP

evento viabilizado através do Edital ProAC Expresso / Lei Aldir Blanc nº 40/2020. 

curadoria: Leandro Pardí, Francisco Cesar Filho, Instituto Vladimir Herzog e Sesc São Paulo

fonte: divulgação

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