Poster de "Elton John: Never Too Late"
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Elton John: Never Too Late

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

O documentário Elton John: Never Too Late acompanha a última turnê de Elton John ao mesmo tempo em que conta a sua história através das palavras do próprio músico inglês. O filme se compõe de duas linhas narrativas, que seguem a cronologia. Uma começa em 1954, na infância do cantor, e a outra em 2022, dez meses antes do seu último show, que aconteceu no Dodgers Stadium em Los Angeles (e que está disponível na íntegra na Disney+, onde também se encontra este documentário).

O filme conta com a participação do próprio Elton John, o que resulta em emoções autênticas com forte nostalgia envolvida. A estrutura narrativa, ao se dividir em duas linhas do tempo, permite contrapor depoimentos antigos do músico inglês, gravados no calor da época, com uma revisão atualizada alinhada aos depoimentos atuais. O resultado é uma reflexão de Elton John sobre a sua vida – suas alegrias e tristezas, seus erros e acertos – e esse exercício justifica a apresentação catártica de despedida.

Para os fãs de Elton John, a experiência é tão prazerosa quanto a oferecida pela cinebiografia Rocket Man (2019). Mas o tom é diferente; o documentário soa menos explosivo e mais meditativo. Desta vez, o foco não é contar a história dessa estrela do rock, mas passar pelos momentos marcantes de sua vida aos olhos do próprio biografado. Nesse processo, surgem muitos materiais inéditos, e alguns deles são especialmente surpreendentes, como a apresentação de John Lennon em um de seus shows – Elton John colaborou com o ex-Beatle na canção deste chamada “Whatever Gets You thru the Night”.

Elton John sob diversos ângulos

Outros trechos revelam o astro em circunstâncias inesperadas para muitos. Ente elas, num podcast com jovens talentos musicais, incentivando-as em suas carreiras ainda em estágio inicial. Ou ao permitir que sua família (seu marido e os dois filhos pequenos) apareçam na tela em conversas íntimas. Vale também conferir a reação de Elton John ao participar de uma versão remix de “Tiny Dancer”.

Além do rico material encontrado e bem organizado, Elton John: Never Too Late ainda traz alguns trechos em animação, que dão vida a momentos importantes da vida do artista que não foram registrados em filme.

Os diretores são dois profissionais experientes. R.J. Cutler dirigiu, por exemplo, os documentários Belushi (2020), sobre o comediante John Belushi, e Billie Eilish: The World’s a Little Blurry (2021). Por sua vez, David Furnish já esteve ligado ao cantor inglês: foi o diretor do documentário Elton John: Tantrums & Tiaras (1997) e produtor em Rocketman (2020), que ganhou o Oscar de Canção Original com “I’m Gonna Love Me Again”, prêmio que Elton John: Never Too Late pode também ganhar, pois foi indicado pela música “Never Too Late”.

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Ficha técnica:

Elton John: Never Too Late | 2024 | 102 min. | EUA | Direção: R.J. Cutler, David Furnish.

Trailer:

Onde assistir:
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