Pesquisar
Close this search box.
Estranhos Prazeres (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Estranhos Prazeres

Avaliação:
7/10

7/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

A história de Estranhos Prazeres é de James Cameron, coautor do roteiro ao lado de Jay Cocks, e também produtor do filme, que ele entregou para sua ex-esposa Kathryn Bigelow dirigir. Cameron ousou situar a trama num futuro bem próximo, apenas cinco anos para a frente, na véspera do ano 2000. E já prever uma Los Angeles caótica, onde a violência virou rotina. Assim, em plena luz do dia, se tornou comum as pessoas andarem pelas ruas em pleno dia com uma arma na mão.

A trama

Mas essa situação geral só conhecemos depois da inusitada sequência inicial, filmada com câmera subjetiva num plano sequência (na verdade, artificialmente criado com cortes imperceptíveis). Acompanhamos um agitado assalto que não dá certo, porque a polícia aparece no local e persegue os bandidos, inclusive aquele cujo ponto de vista compartilhamos. Ao final da perseguição, somos surpreendidos pelo personagem de Ralph Fiennes retirando um dispositivo da cabeça, através do qual ele assistia o que acabamos de presenciar. Fiennes é Lenny Nero, um ex-policial que ganha a vida comprando e vendendo, no mercado negro, arquivos de gravações de sensações que esse aparelho captou. Seus clientes são pessoas que querem vivenciar essas situações com esse aparato, como um voyeur do futuro. As preferências, obviamente, são gravações de sexo e violência.

Quando Lenny contrata um famoso músico para usar o aparelho para captar suas sensações transando com uma bela mulher, o que fica registrado é sua própria morte, pois o artista foi assassinado. Para agravar a situação, os assassinos são da polícia, e uma trama de conspiração colocará Lenny em perigo.

Aparelho que grava sensações

Estranhos Prazeres, certamente, foi criado a partir da ideia desse aparelho que consegue gravar sensações da mente. A história em si soa um pouco forçada. Apesar do personagem interessante que o ótimo ator Ralph Fiennes interpreta, o filme perde o ritmo na sua segunda metade. A surpresa de desvendar quem é o grande vilão da estória não surpreende, e é facilmente previsível. Mas o filme deve agradar aos fãs de Juliette Lewis, em mais um papel de bad girl atormentada, se apresentando no palco de um show de punk rock.

O filme se sustenta, apesar disso, pelo talento de Kathryn Bigelow. A diretora trabalha inteligentemente alternando as imagens captadas pelo aparelho que registra as sensações com cenas do que realmente está acontecendo. A sua opção de utilizar a câmera lenta nas cenas de ação e lutas, influência do mestre da violência Sam Peckinpah, funciona muito bem em Estranhos Prazeres.

Ademais, o tema soa muito bem encaixado na situação social não só de Los Angeles naquele momento de fim de milênio, como ainda atualmente.

 

Estranhos Prazeres (filme)
Estranhos Prazeres (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo