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Estrelas de Cinema Nunca Morrem (filme)
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Estrelas de Cinema Nunca Morrem

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

“Estrelas de Cinema Nunca Morrem” retrata os últimos dias da vida da atriz Gloria Grahame, que faleceu aos 57 anos em 1981. O filma foca na perspectiva do seu relacionamento amoroso com o namorado muito mais jovem Peter Turner.

A escolha do elenco naturalmente respeita essa diferença etária. Annette Bening tinha 59 anos quando fez o filme e Jamie Bell – que ficou famoso como o protagonista de “Billy Elliot” (2000) –  estava com 31 anos. O acerto não se restringe apenas a esse aspecto, mas principalmente no resultado das interpretações. Bening consegue alternar momentos em que irradia o glamour que a veterana estrela possuía, conservando sua beleza, com outros onde revela toda sua debilidade causada pelo câncer que a vitimou.

O diretor escocês Paul McGuigan, de “Victor Frankenstein” (Victor Frankenstein, 2015). busca claramente fugir do convencional. Reflete, até, um estilo de videoclipe ao repetir várias vezes uma elipse de tempo e espaço através do recurso de um personagem abrir uma porta e cortar para um flashback e depois voltar ao presente. É assim, por exemplo, que Peter Turner, que está em Liverpool, em 1981, se lembra de quando conheceu Gloria Grahame em Londres, em 1979. Em outra sequência, McGuigan opta por girar a câmera e 360 graus ao redor do personagem para transferir a cena em 1979 para o presente.

Dois pontos de vista

Na sequência crucial do filme, a que revela que Grahame sinceramente ama Peter, o roteirista Matt Greenhalgh coloca a mesma situação filmada sob dois pontos de vista diferentes. Primeiro, na perspectiva do rapaz, temos a impressão que a atriz está traindo-o, compartilhamos a desconfiança dele. Porém, depois vemos o ponto de vista dela, e descobrimos que ela mentia porque não desejava contar a ele sobre sua doença terminal.

Vale ainda destacar o uso das cores no filme, que acompanham os climas dos momentos. Os tons esverdeados predominam nas cenas em que Gloria Grahame está doente. Assim, contrastando com sequências mais alegres, como a dos dois deitados na grama no Central Park, em Nova York, filmada com a câmera em plongée refletindo a luz ensolarada.

Apesar de todos esses recursos, “Estrelas de Cinema Nunca Morrem” peca no quesito ritmo, mesmo com as elipses construídas com o uso das portas que mencionamos acima. Se algumas cenas tivessem sido cortadas, ou diminuídas – talvez as discussões de Peter com sua família – o filme ganharia maior fluidez. Dessa forma, proporcionaria uma experiência mais prazerosa para o espectador.


Estrelas de Cinema Nunca Morrem (filme)
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