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Golpe Duplo (filme)
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Golpe Duplo

Avaliação:
3/10

3/10

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Crítica | Ficha técnica

Nem mesmo o charmoso par central, formado pelo carismático Will Smith e pela belíssima Margot Robbie, consegue elevar “Golpe Duplo” a uma avaliação acima da média. Principalmente porque, ao contrário desses protagonistas, a dupla de diretores, Glenn Ficarra e John Requa, parecem inseguros quanto ao tom do filme.

O golpe

Mas o filme começa de forma interessante. O seu primeiro terço dá a falsa impressão de estarmos diante de uma daquelas deliciosas estórias de farsa do tipo “Golpe de Mestre” (The Sting, 1973)  e “Onze Homens e Um Segredo” (Ocean’s Eleven, 2001). Assim, conhecemos Nicky (Will Smith), um experiente vigarista especializado em golpes menores, como bater carteiras, clonar cartões, e enganações em geral. E ele lidera um bando muito bem treinado para esse fim. Então, surge Jess (Margot Robbie), uma novata na pilantragem, que tenta aplicar um golpe de sedução em Nicky.

O tiro sai pela culatra, claro, mas Jess vê a oportunidade de aprender com o veterano, e pede para entrar no grupo de Nicky. Dessa forma, começa o aprendizado, que dá a oportunidade para “Golpe Duplo” desfilar vários truques que prendem a atenção do espectador. E, também, um romance entre os personagens, que escancara a primeira fraqueza do filme: a falta de química entre os Smith e Robbie, principalmente nas mornas cenas de sexo. Eventualmente, o casal se separa de forma não amigável, e assim se encerra a melhor parte de “Golpe Duplo”.

Três anos depois, Nick está em Buenos Aires, tramando esquemas com o empresário da Fórmula 1 Garriga (Rodrigo Santoro) e seu braço direito, Owens (Gerald McRaney). E acaba reencontrando Jess. Em vão, a estória tenta construir o clima de surpresas, onde não se sabe o que é real e o que é parte de um golpe.

Indefinido

Há alguns momentos de comédia, principalmente com o caricato Farhad (Adrian Martinez). Porém, às vezes o filme descamba para sequências mais violentas, como se fosse do gênero policial. E o personagem Owens exemplifica essa inconstância, pois não se distingue facilmente quando ele é ameaçador e quando ele está fazendo graça.

Então, o que derruba o filme de vez é a reviravolta final. Na verdade, essa conclusão só funcionaria se os diretores e roteiristas Ficarra e Requa tivessem mantido o clima de farsa da primeira parte. Como depois “Golpe Duplo” muda de tom, esse ponto de virada simplesmente não cola.


Golpe Duplo (filme)
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