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Histórias que Viajam | Projeto incentiva coprodução audiovisual

Histórias que Viajam (projeto)

Cinco autores-roteiristas brasileiros deram início a uma jornada rumo à coprodução internacional por meio do programa “Histórias que Viajam”. O projeto consiste na mentoria gratuita a esses artistas com o objetivo de ampliar as possibilidades de acesso ao mercado internacional, seja pelo cinema ou pelas plataformas de streaming, além de fomentar a coprodução audiovisual – importante mecanismo para viabilização de obras audiovisuais por potencializar o público das obras e facilitar o acesso a recursos e à distribuição.

Executado por profissionais (roteiristas, diretores e produtores executivos) que conhecem os mecanismos do mercado cinematográfico Ibero-Americano, o programa apresenta o contexto das crescentes coproduções entre países da região, passando por todas as etapas da cadeia, desde a criação à distribuição, permitindo uma visão sistematizada do mercado, além de análise do desenvolvimento dos roteiros e preparo dos participantes para sessões de pitching.

“O Histórias que viajam é a possibilidade de jogarmos luz, potência criativa e oportunidade de negócios, ao proporcionamos o estabelecimento de pontes entre pessoas realizadoras de audiovisual na América Latina. E realizarmos isso, olhando para narrativas pensadas por pessoas com experiências de vida diversas, da perspectiva de gênero e raça, é atendermos o clamor de uma audiência global por histórias contadas por grupos sociais historicamente afastados do poder de narrar suas próprias histórias. Investir energia e recursos no desenvolvimento dessas histórias é profícuo por todos os lados: o Estado cumpre seu papel garantidor de direitos, o mercado realiza negócios pungentes e a audiência fica feliz com as narrativas ofertadas”, afirma a diretora-presidente da Spcine, Viviane Ferreira.

Mentoria e apresentação ao mercado

Adentrando no universo dos intercâmbios culturais e dos mecanismos financiadores, a equipe de mentores propõe uma reflexão sobre a contextualização ou descontextualização cultural nos roteiros para que os projetos alcancem o melhor nível de maturação e possam atrair parceiros para a realização. “Uma coprodução cinematográfica é muito mais que uma parceria financeira e técnica. Em geral, as coproduções têm histórias binacionais. Compreender essa dinâmica, as demandas dos públicos nacional e internacional e como relacioná-las através de uma linguagem universal, é fundamental”, explica a produtora, roteirista e idealizadora do projeto, Roberta Miller.

Como parte do programa “Histórias que Viajam”, após o processo de mentoria, os projetos desenvolvidos serão apresentados ao mercado durante o Ventana Sur, maior evento da indústria audiovisual da América Latina, realizado anualmente em Buenos Aires, na Argentina, pelo Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (INCAA) e pelo Marché du Film, do Festival de Cannes.

“O Ventana Sur adere com entusiasmo o ‘Histórias que Viajam’ através de sua seção ‘El Principio del Film’. Acompanhamos qualquer atividade que destaque a contribuição fundamental dos roteiristas, pois são eles que, com seu talento, criam e dão vida às histórias que alimentam o mundo audiovisual. Essa é uma aliança para difundir internacionalmente o mundo dos autores”, declara o codiretor executivo do Ventana Sur, Bernardo Bergeret.

Para o produtor executivo, roteirista e coordenador do programa Matheus Colen, “viajar para apresentar seu projeto a produtores de outros países é uma experiência sempre enriquecedora para os autores. É um exercício prático para o desenvolvimento de um olhar criativo também direcionado às questões de produção e distribuição no mercado internacional e que podem potencializar a narrativa de uma história”.

Prêmio Paradiso

O Projeto Paradiso, instituição filantrópica de apoio a profissionais do audiovisual, ainda oferecerá a um dos projetos selecionados um Prêmio Paradiso de R$ 1 mil. O roteirista também passa a integrar a Rede Paradiso de Talentos. “A internacionalização é um eixo central da atuação do Projeto Paradiso, por isso ficamos felizes de poder contribuir com um projeto que estimula o fortalecimento dos laços do audiovisual nacional com o restante da Ibero América”, afirma a diretora-executiva do Projeto Paradiso, Josephine Bourgois.

Projetos participantes                    

Os projetos contemplados são de roteiristas independentes profissionais residentes em São Paulo, que já participaram de editais promovidos pela Spcine entre 2018 e 2021, e indicados por instituições pautadas por políticas afirmativas parceiras da Spcine. Além disso, os projetos selecionados têm em comum a expressão da cultura paulistana, com pelo menos um protagonista de São Paulo e no mínimo um personagem latino-americano, que se passe em São Paulo e em uma cidade de outro país da América Latina.

Nessa primeira edição, participam do programa os projetos “Deixe a cortina fechada”, de Vanessa Remonti; “Mão suja de tinta fresca”, de Eliane Coster; “K-Preto”, de Raul Perez; “Quando mamãe adoeceu”, de Belise Mofeoli; e “São Baltazar, rompiendo corrientes”, de Thuan Mozart.

Encerrando o ciclo no programa, os projetos mentorados terão uma apresentação contendo o roteiro, logline e a sinopse em português e em espanhol. Além disso, cada participante recebe um guia com informações sobre acordos, editais, programas de apoio à coprodução e agenda de eventos de mercado.

“Histórias que Viajam” é realizado pela Origina Conteúdo com o patrocínio da Spcine e apoio da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (Abra), Gestão de Direitos de Autores Roteiristas (Gedar), Ventana Sur e Projeto Paradiso.

Para mais informações acesse https://historiasqueviajam.art.br

(foto: KAL-VISUALS4/do website oficial)

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