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How to Have Sex (filme)
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How to Have Sex

Avaliação:
6.5/10

6.5/10

Crítica | Ficha técnica

How to Have Sex, longa de estreia da diretora inglesa Molly Manning Walker, tem o mérito de levar para as telas as sensações que vivem as suas personagens. E isso provoca boas e más impressões enquanto assistimos ao filme.

A primeira parte do filme, que dura um pouco mais de sua metade, produz uma experiência desagradável. É quando suas três personagens principais, a protagonista Tara (Mia McKenna-Bruce) e suas amigas Skye (Lara Peake) e Em (Enva Lewis), vão da Inglaterra para Malia, na Grécia, cidade litorânea que vira o paraíso das baladas durante o verão. Predominam lá, de dia e de noite, a música alta, a zoeira, o uso excessivo de bebidas e álcool. E tudo orientando a muito sexo também. O que aumenta as expectativas de Tara, que quer perder a virgindade nesses quatro dias de viagem.

Mas esse clima é reproduzido nas telas pela ambientação e pelo estilo de filmagem que lembra vídeos de redes sociais. Assim, junto com o comportamento desmiolado das personagens centrais, que querem mergulhar fundo nessa loucura do local, assistimos planos curtos filmados com a câmera na mão, como se fosse um celular, captando meio que a esmo (propositalmente ou não) o que está na frente da lente.

A história acompanha as três garotas, logo agrupadas com os três vizinhos de quarto, desde o hotel até os locais das festas e nas ruas. Porém, enquanto elas se divertem, o público vai se enervando. O filme passa tempo demais mostrando essa folia, sempre nesse estilo irritante. Os vômitos, obrigatórios no cinema contemporâneo, não poderiam faltar, mas pelo menos aqui são até naturais, diante de tanta bebedeira.

Drama pesado

Então, os raros momentos de calmaria, de silêncio, trazem alívio para o espectador. Por isso, a partir do terceiro dia o filme melhora. Tara acabou se separando do grupo e passou o resto da noite sozinha no point das baladas. Na manhã seguinte, ela não aparece no hotel. Mas ninguém parece se importar, a não ser o rapaz da turma vizinha, o único que parece ter boas intenções em relação à protagonista. Assim, com o flashback da noite anterior pela perspectiva de Tara, o filme melhora. A trama ganha força ao levantar a bandeira, sem artificialismo, do respeito à mulher em relação ao sexo consensual, do “não é não”.

Na parte final, How to Have Sex consegue mostrar como é doloroso ser vítima desse abuso. E como se torna perigoso se entorpecer para se divertir, pois nesse estado qualquer um se torna presa das pessoas mal-intencionadas que querem se aproveitar. O filme muda de chave, da diversão louca, para o drama pesado, poderoso.

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Ficha técnica:

How to Have Sex | 2023 | 91 min. | Reino Unido, Grécia | Direção e roteiro: Molly Manning Walker | Elenco: Mia McKenna Bruce, Shaun Thomas, Lara Peake, Enva Lewis, Samuel Bottomley, Laura Ambler, Anna Antoniades, Daisy Jelley, Finlay Vane Last, Eilidh Loan, Elliot Warren.

Distribuição: O2 Play / MUBI.

Trailer aqui.

Onde assistir:
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