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Ingresso Para o Paraíso (filme)
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Ingresso Para o Paraíso

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Ingresso Para o Paraíso (Ticket to Paradise, 2022) nos leva de volta ao bom cinema hollywoodiano das antigas. Como nos tempos do sistema de estúdio, dois atores consagrados protagonizam o filme com status de estrelas. Charme e carisma sobram na dupla George Clooney e Julia Roberts, uns dos poucos nomes atuais comparáveis a ídolos como Cary Grant e Katharine Hepburn. E, para não ter nenhum erro, a produção escala um diretor especialista no gênero romance, o inglês Ol Parker. O cineasta, que também é roteirista, dirigiu Imagine Eu & Você (Imagine Me & You, 2005), Agora e Para Sempre (Now Is Good, 2012) e Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo (Mamma Mia! Here We Go Again, 2018).

Comédia de alto nível

O enredo levanta uma situação insólita. David (Clooney) e Georgia (Roberts) são um casal divorciado que brigaram feio e não se veem há anos. Mas, acabam se reencontrando forçadamente na formatura da filha deles, Lily (a ótima Kaitlyn Dever), que concluiu a graduação em Direito. Logo depois, um evento os colocará lado a lado de novo, desta vez para agirem juntos para impedir que a filha se case com Gede (Maxime Bouttier), um rapaz que ela conhece durante as férias em Bali.

Os diálogos das brigas entre David e Georgia proporcionam as melhores risadas de Ingresso Para o Paraíso. São trocas de ofensas que não apelam para a baixaria, e divertem porque, apesar de tudo, a química entre o casal de divorciados ainda está lá. Por outro lado, o quiprocó que eles bolam para convencer os jovens apaixonados a não se casarem não empolga. Muito menos o humor físico que, felizmente, só se concentra no namorado francês de Georgia. Ou seja, as piadas que parecem pouco plausíveis não funcionam, mas aquelas que se aproximam do real são bem engraçadas. Por exemplo, a brincadeira do pai de Gede quando conhece David, ou a de Lily no momento crucial do casamento.

Merece ressaltar a preocupação em não ofender o povo nativo de Bali, mostrando que Hollywood amadureceu nesse sentido. A cultura tradicional entra no filme sem aquela visão de colonizador sobre costumes exóticos. É inevitável que o longa retrate a celebração matrimonial, ela transcorre de acordo com os costumes locais, inclusive no idioma nativo. O modo de vida de Gede também é exaltado – não é um cultura primitiva, mas uma produção de grande escala que exporta até aos supermercados estadunidenses. Todo esse respeito só deixa ainda mais agradável essa divertida comédia romântica.  


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