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Instinto Assassino (filme)
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Instinto Assassino

Avaliação:
4/10

4/10

Crítica | Ficha técnica

O filme B Instinto Assassino (Dangerous) compensa as suas falhas com muita ação. E, ainda conta com um mocinho e um vilão interessantes, encarnados por dois bons atores. O mocinho é Dylan “D” Forrester, papel de Scott Eastwood, o filho de Clint Eastwood que vem provando ser um ótimo ator desse gênero de filme. Aqui, faz um anti-herói, na verdade, pois D é um sociopata que cumpriu pena por assassinato e tenta melhorar seu comportamento. Já o personagem do vilão não tem nada de original, mas o ator que o interpreta é o intenso Kevin Durand, das séries Ballers e Lock & Key, cada vez mais parecido com Elon Musk.

O elenco ainda repete o que os filmes independentes costumam fazer para chamar a atenção. Ou seja, incluir nomes conhecidos em papéis secundários.

Um deles é Mel Gibson, que faz o terapeuta de D. O ator filmou em um só cenário, interno, sem ter que se deslocar para as locações onde acontecem as cenas de ação. Isso também é uma marca dessas participações, pois esses atores podem, assim, gravar suas partes rapidamente, em um ou dois dias. Esse personagem tem relevância para a trama, pois insere um elemento diferenciado na construção do protagonista. Seguindo as recomendações do doutor, D não mata ninguém, apenas fere os inimigos. Ademais, isso até ajuda na produção, pois os mesmos bandidos abatidos podem retornar à tela, sem a necessidade de aumentar a folha de pagamento. Além disso, as intervenções de Gibson são bem-humoradas, proporcionando um alívio cômico que combina com o filme.

Por outro lado, Famke Jansen não tem a mesma sorte. Ela filma em mais de um cenário e locação, e seu personagem é totalmente dispensável.

A ilha do tesouro

A trama reúne seu principal desenvolvimento em uma ilha, numa mansão blindada que pertencia ao recém-falecido irmão de D. E o vilão Cole e sua gangue tentam entrar nessa pequena fortaleza para descobrir o segredo de um tesouro, ou algo assim, que o morto descobriu. Essa luta contra invasores é uma situação muitas vezes vista no cinema, mas que guarda um potencial grande de gerar emoção. Aqui, ela perde um pouco de tensão porque D parece imbatível, até certo ponto da história.

E, também, porque o roteiro cai na armadilha de interromper a ação para entrar na revelação do segredo que faz os vilões perseguirem o irmão de D. A sequência é um pouco longa, mas, pelo menos, o MacGuffin é uma sacada inteligente, que está ligada ao tesouro de Yamashita da Segunda Guerra Mundial.

No entanto, Instinto Assassino traz aqui e ali algumas falhas que poderiam ser evitadas com uma revisão de roteiro mais apurada. Por exemplo, os vilões não agem de forma muita esperta, e poderiam, em vários momentos, acabar com seus inimigos, mas deixam para depois. Da mesma forma, na conclusão, há uma descartável explicação de D para seu terapeuta, contando toda a história, como se o espectador não tivesse entendido nada.

Enfim, esse é o tipo de filme que o diretor David Hackl costuma fazer, desde que estreou com Jogos Mortais 5 (Saw 5) em 2008.

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Ficha técnica:

Instinto Assassino | Dangerous | 2021 | 109 min | EUA | Direção: David Hackl | Roteiro: Christopher Borrelli | Elenco: Scott Eastwood, Kevin Durand, Famke Janssen, Mel Gibson, Tyrese Gibson, Brenda Bazinet, Ryan Robbins, Brendan Fletcher, Leanne Lapp, Destiny Mills.

Onde assistir:
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