A terceira parte da série de filmes “Jogos Vorazes” retoma do ponto onde parou “Jogos Vorazes: Em Chamas” (The Hunger Games: Catching Fire, 2013). Ou seja, quando Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) é resgatada do campo dos jogos vorazes, deixando Peeta Mellark (Josh Hutcherson) para trás. Então, Katniss conhece a Presidente Alma Coin (Julianne Moore, estreando na série), líder do poderoso grupo de rebeldes que enfrenta o império do Presidente Snow (Donald Sutherland). Agora, a jovem heroína recebe a missão de representar a revolução, mas isso só acontece após ela passar por algumas duras vivências.
Apesar de igualmente dirigido por Francis Lawrence, “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1” supera “Em Chamas”. Afinal, este passava mais da metade do filme ambientando os personagens e pouco tempo dentro dos jogos vorazes. Com isso, acelerava demais o desenrolar dos desafios.
Construindo Katniss
Agora, o processo de construção da personagem Katniss se revela mais consistente. A principio, ela não convence como a Mockinjay quando grava um vídeo para divulgar a mensagem dos rebeldes. Até que ela visita seu distrito, arruinado pelo Presidente Snow, e presencia o genocídio de feridos em um hospital, bombardeado por aviões do ditador. Dessa forma, ela amadurece. Então, o filme parte para as lutas dos rebeldes, que seguem a mensagem de Katniss, e o contra-ataque da tropa de Snow. Enquanto isso, os seus amigos tentam resgatar Peeta e os que ficaram no terreno dos últimos jogos vorazes. Além disso, o psicológico também aparece na figura de Peeta, torturado pelos ditadores, e que acaba em estado mental desolável.
Por retratar lutas reais e não jogos manipulados, o roteiro de “Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1” carrega mais adrenalina. Inclusive com efeitos de computação gráfica menos fantasiosos. E tudo leva a crer que a conclusão da série, na sequência deste filme, seguirá o mesmo linguajar.
Além de Juliane Moore, aparece aqui, também, a atriz Natalie Dormer (a Margaery Tyrell de “Games Of Thrones”), sempre marcante, no papel da diretora dos vídeos sobre a Mockinjay. Mas traz a triste marca de ser o último trabalho do talentoso Phillip Seymour Hoffman, a quem o filme é dedicado.