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Jovens Bruxas: Nova Irmandade
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Jovens Bruxas: Nova Irmandade

Avaliação:
4/10

4/10

Crítica | Ficha técnica

Jovens Bruxas: Nova Irmandade (The Craft: Legacy) é uma sequência ou uma refilmagem de Jovens Bruxas (The Craft, 1996)? Então, aí está um dos problemas desse filme dirigido e escrito por Zoe Lister-Jones, que estreou na direção em seu longa anterior, Band Aid (2017) no qual interpretou a protagonista. Além disso, a nova produção seria a oportunidade de resolver uma questão que atrapalhou o original dirigido por Andrew Fleming. A questão era decidir o tom entre a fantasia e o terror.

A princípio, desconfiamos que esse novo filme optará pelo terror. Afinal, uma das produtoras é a Blumhouse, especialista no gênero. Porém, não é isso que encontramos. Aliás, Jovens Bruxas: Nova Irmandade não tem nada de assustador, nem mesmo imagens horripilantes como a casa com bichos peçonhentos do filme de 1996. Agora, o viés juvenil predomina, procurando atingir o seu público-alvo, que são os jovens no início da adolescência. Mas, nesse intuito, as protagonistas exageram na afetação, com irritantes gritinhos a todo momento em que algo dá certo. Na verdade, alguns recursos podem soar ingênuos demais até para esse público, como a música over que surge na parte final acompanhando a entrada triunfal das bruxinhas.

Quase a mesma trama

Até certo ponto, parece que estamos diante de uma refilmagem, pois a trama é praticamente a mesma do original. A adolescente Lily (Cailee Spaeny) chega com sua mãe (Michelle Monaghan) a uma nova cidade, e ela tem problemas com bullying como novata na escola. Mas, logo se junta a outras três colegas – Lourdes (Zoey Luna), Frankie (Gideon Adlon) e Tabby (Lovie Simone). Assim, completam o quarteto que invoca as forças ocultas como verdadeiras bruxas.

Uma das diferenças é que apenas Lily abusa do poder, e contra as recomendações das três colegas, que são mais conscientes. Outra novidade é a presença de um vilão, o namorado da mãe, Adam (David Duchovny), proprietário da casa para onde Lily se muda. Nesse filme, o catolicismo não está na escola, mas nesse personagem ultraconservador com nome bíblico (assim como seus três filhos homens). Escritor e palestrante especializado no tema masculinidade, Adam fica muito próximo do caricato e, por isso, é previsível que ele confrontará Lily e suas amigas poderosas (mas não fica claro o motivo).

Uma das origens das falhas em Jovens Bruxas: Nova Irmandade se encontra na necessidade de levantar várias bandeiras. Além do empoderamento feminino (o antagonista é o machista Adam), o filme conta com uma protagonista negra (como no original), uma trans (interpretada por uma verdadeira representante do grupo, Zoey Luna), e um galã bissexual, vivido por Nicholas Galitzine, protagonista de Continência ao Amor (Purple Hearts, 2022).

Na parte final, Jovens Bruxas: Nova Irmandade tenta surpreender com um gancho que conecta ao filme original, revelando que se trata de um legado, como o título original entrega. Mas, isso não resolve a falta de relação da protagonista com o vilão, e tudo parece jogado aleatoriamente. Começou como uma refilmagem, e poderia ter seguido assim até o final. Pelo menos, faria sentido.

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Ficha técnica:

Jovens Bruxas: Nova Irmandade | The Craft: Legacy | 2020 | 1h37 | EUA | Direção e roteiro: Zoe Lister-Jones | Elenco: Cailee Spaeny, Zoey Luna, Gideon Adlon, Lovie Simone, David Duchovny, Michelle Monaghan, Nicholas Galitzine, Julian Grey, Charles Vandervaart, Donald MacLean Jr., Fairuza Balk, Hannah Gordon.

Onde assistir:
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