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Jovens Loucos e Rebeldes (2016)
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Jovens, Loucos e Mais Rebeldes

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

O título nacional força a noção de que Jovens, Loucos e Mais Rebeldes é uma sequência de Jovens, Loucos e Rebeldes (Dazed and Confused, 1993), que contava as peripécias de jovens do colegial no último dia de aula de 1976, no elogiado longa-metragem do mesmo roteirista e diretor Richard Linklater. Desta vez, a ação se passa em 1980, quando um jovem, Jake (Blake Jenner), se muda para uma república para estudar na faculdade, juntando-se à turma de veteranos do time de beisebol.

Mas há uma ligação temática entre os dois filmes, ambos contando sobre a vida de estudante, o primeiro na época do colegial e o segundo na faculdade. Os títulos originais marcam a década em que se passa cada estória, com títulos de músicas de rock dos anos 1970 (“Dazed and Confused” do Led Zeppelin) e 1980 (“Everybody Wants Some!!” do Van Halen). As semelhanças param aí, pois os personagens não são os mesmos.

Nostalgia

E o tom nostálgico entrega que Richard Linklater insere muito de suas memórias afetivas nessas estórias, o que provavelmente justifica algumas sequências que só emocionam quem realmente viveu a experiência retratada na tela. É o que acontece na longa cena em que cinco dos principais personagens cantam uma música que toca no rádio dentro do carro onde eles estão, dando um rolê.

Jovens, Loucos e Mais Rebeldes opta por trabalhar com vários personagens protagonistas, pelo menos cinco deles, o que acaba diluindo a capacidade de o espectador se identificar com eles. Não há tempo suficiente dedicado a cada um, e todos acabam soando superficiais, principalmente porque são muito caricatos, tentando compensar a falta de cenas engraçadas nessa comédia com tons de drama.

A narrativa é estruturada como uma contagem regressiva, dia a dia até chegar o início das aulas, que marca o final do filme, o que proporciona um bom ritmo, mesmo com uma sucessão de acontecimentos apenas mornos.

A solução para uma melhor identificação dos personagens surge de surpresa nos créditos finais, onde um original número musical, no estilo rap, coloca cada um deles se apresentando. Como essa sequência foi colocada nesses créditos, como se fosse um extra ou um easter egg, apartado do filme, essa boa ideia acaba desperdiçada.

Se posicionada no início, como prólogo, essa sequência alteraria a percepção do espectador, que se surpreenderia de cara com essa tirada original, e começaria a assistir a Jovens, Loucos e Mais Rebeldes com uma predisposição mais positiva, com a expectativa de um filme inovador, e com o benefício de partir já conhecendo os personagens. Porém, como está, parece apenas um pastiche de Jovens, Loucos e Rebeldes, o superior filme de 1993 de Richard Linklater.

 

Onde assistir:
Jovens Loucos e Rebeldes (2016)
Jovens Loucos e Rebeldes (2016)
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