O filme Lar Doce Lar… Ou Não é uma dramédia romântica cristã com roteiro fraco, mas salvo pela direção competente.
Em sua primeira parte, Lar Doce Lar… Ou Não investe num tom cômico bobinho, com piadinhas de pré-adolescente enquanto conta como Victoria finge ser cristã apenas para se aproximar de Jason. Apesar de já ter um outro crush em vista, ela fica caída pelo novo diretor de uma organização cristã que ajuda a construir casas para algum membro em dificuldades. Por isso, se inscreve como voluntária, mesmo não sabendo nada sobre construções e nem sequer sendo cristã.
Depois, o filme melhora quando deixa de lado o humor juvenil e apresenta algumas situações dramáticas, todas envolvendo decepções amorosas. Dessa forma, a mensagem da família como alicerce se insere sutilmente na trama, ao mesmo tempo que o romance entre Victoria e Jason passa pela tradicional fórmula do gênero. Nesse sentido, a crise acontece quando o rapaz percebe que a pretendente estava mentindo sobre sua religião e suas intenções ao se voluntariar. Para piorar, ele descobre que ela tem um encontro marcado com o outro crush.
Salvo pela direção
Esse enredo totalmente previsível, e bem fraco na primeira parte, condenaria o filme a ser terrível, porém, a direção consegue, pelo menos, torná-lo mediano. O diretor Juan Mas conhece o métier por sua vasta experiência como diretor assistente. Assim, ajudado pelo editor Travis Berry, ele filma com competência as cenas do fraco roteiro que tinham em mãos. E, até mesmo, apresenta algumas belas transições, como justaposições que aproveitam os movimentos do personagem em cena, ou uma pessoa passando lateralmente.
Assim, Lar Doce Lar… Ou Não não traz nada de novo, a história é sofrível, mas pelo menos possui uma direção satisfatória. E o objetivo é claro: atingir o público jovem cristão.
