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Life Itself: A Vida de Roger Ebert
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Life Itself: A Vida de Roger Ebert

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Life Itself: A Vida de Roger Ebert é um documentário sobre Roger Ebert. Ele foi um dos mais celebrados críticos de cinema dos Estados Unidos, o primeiro a ganhar um prêmio Pulitzer. E, que morreu de câncer em 2013, durante a filmagem deste filme.

Primeiro, Roger Ebert ganhou notoriedade pela sua habilidade em escrever bem. Posteriormente, por desenvolver um conhecimento profundo sobre a arte cinematográfica, que transformava em textos sagazes que destacavam o melhor e o pior de cada um dos mais de seis mil filmes analisados. Evitando intelectualismo, conseguia atingir o leitor comum. E, ainda assim, ensinava sobre cinema.

Seu veredito podia transformar o resultado comercial de um filme. Nesse sentido, Martin Scorsese relata como Ebert foi crucial em alguns momentos de sua carreira.

Enfim, atingiu status de celebridade com o programa de TV Siskel & Ebert, que durou de 1986 a 2006. Nele, Ebert discutia sobre os filmes com o também crítico Gene Siskel. Muitas vezes, era como um duelo, onde cada um dos dois especialistas tentava convencer o outro sobre sua opinião.

Cine-documentário

Em forma de cine-documentário, o filme mostra os grandes acontecimentos na vida profissional de Ebert. Primeiramente, seu rápido início no jornal Chicago Sun-Times, onde assumiu o cargo de editor. Depois, passou a ser crítico de cinema. Nesse ponto, colegas da época contam como ele era espirituoso como jornalista.

O diretor Steve James usou um interessante recurso em alguns trechos de Life Itself, quando mostra frases dos textos escritos por Ebert sobre cenas do filme que está sendo avaliado. Adicionalmente, vários momentos do show de TV ao lado de Gene Siskel aparecem no documentário, bem como algumas cenas de bastidores e depoimentos da viúva de Siskel.

Por outro lado, boa parte das duas horas do filme se concentra na vida pessoal de Ebert. Nesse aspecto, seu hábito de beber com os amigos jornalistas o levou ao alcoolismo e a uma vida solitária e amarga. Até que, aos 50 anos, se casou com Chaz, que transformou Ebert em uma pessoa mais tranquila e sociável.

Porém, o câncer o atacou de forma violenta e rara, deformando seu maxilar e impossibilitando-o de falar. Contudo, mesmo neste estado, continuava a trabalhar em seu computador, que ainda o permitia se comunicar transmitindo uma voz sintetizada.

Sacrifício

Aliás, esses momentos de sacrifício aparecem na tela em quantidade exaustiva, como o próprio Ebert desejava. Isso porque o crítico sentiu-se traído por seu parceiro de TV, Gene Siskel. Anos antes, este escondeu até o fim que estava morrendo de câncer. Então, o filme expõe os últimos dias de Roger Ebert, sofrendo no hospital e em sua casa, apesar da tentativa de se mostrar otimista. São cenas dolorosas de se assistir, vendo sua face deformada pela doença e sua esposa tentando manter o clima tranquilo.

Em suma, Life Itself seria um tremendo documentário sobre um personagem extraordinário, caso as cenas terminais fossem editadas e cortadas do filme. Porém, no formato em que foi lançado, tornou-se um filme chocante sobre uma pessoa definhando até a morte em frente das câmeras.


Life Itself: A Vida de Roger Ebert
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