Após ser premiado no Brooklyn Film Festival, o filme de terror brasileiro Macabro chega às plataformas digitais. Assim, a partir em 29 de dezembro de 2020, o longa está disponível no Net Now, VivoPlay, Looke, Itunes, Microsoft e GooglePlay.
Anteriormente, o filme teve estreia nacional durante a 42ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, foi exibido no Festival Internacional de Cinema do Rio e sua estreia internacional aconteceu na competição oficial do Festival de Austin no Texas. Tal como em Brooklyn, Macabro foi premiado no Austin Film Festival, como melhor filme na categoria “Dark Matters”.
Macabro é inspirado na história real de Ibraihim e Henrique de Oliveira, os “Irmãos Necrófilos”, que nos anos 1990 foram acusados de brutais assassinatos de oito mulheres, um homem e uma criança, na Serra dos Órgãos, em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. Assista ao trailer aqui.
Em suma, o filme adota o ponto de vista do BOPE, ao acompanhar o sargento Teo (Renato Goés). Nesse sentido, o jovem policial que nasceu na região é designado para voltar à sua cidade natal na busca pelos suspeitos escondidos na Mata Atlântica.
Como nasceu o filme
No início, a ideia de realizar Macabro surgiu em 2009, quando o diretor Marcos Prado teve acesso a detalhes sobre o caso. Nessa época, Prado foi procurado pelo advogado de Henrique, um dos irmãos que se encontrava preso, alegando que ele havia sido condenado injustamente. Segundo ele, não havia provas contra Henrique, além de não ter participado dos crimes com o irmão Ibrahim.
Conforme comenta o diretor: “Além das barbaridades dos crimes em série cometidos pelos ´irmãos necrófilos´ e as lendas criadas pelos locais, o que mais me chamou atenção nessa história, é que talvez Henrique tenha sido condenado injustamente a 49 anos de prisão. De fato, eram muitas perguntas sem respostas e uma porção de camadas a serem exploradas”.
Como resultado de extensa pesquisa por parte dos roteiristas Lucas Paraizo e Rita Gloria Curvo, além do próprio diretor, nasceu o roteiro de Macabro. Nesse percurso, escrutinaram fóruns, processos, autos de julgamentos, bem como entrevistaram moradores da região e o próprio acusado, Henrique de Oliveira.
O filme foi rodado numa região próxima onde os crimes aconteceram. Até hoje essas barbáries continuam na memória e no imaginário de quem vive naquela localidade.
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