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Macbeth: Ambição e Guerra (filme)
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Macbeth: Ambição e Guerra

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Mesmo sem trazer a estória para os dias atuais, “Macbeth: Ambição e Guerra” transpira modernidade. De fato, no terço inicial dessa nova versão do clássico de William Shakespeare, o objetivo parece ser o de fisgar o espectador hodierno. Para isso, coloca na tela uma sangrenta batalha ocorrida durante a guerra civil na Escócia, filmada com variados recursos de câmera.

Assim, na primeira cena, o plongée enquadra o bebê morto de Macbeth, posição que causa forte impacto no público, e que explica a transformação do protagonista durante a estória. Ademais, há também o emprego de um extremo slow motion que aproxima as cenas a pinturas da época.

Já o terço final de “Macbeth” é invadido por tons vermelhos. Dessa forma, retrata o sangue derramado por Macbeth em seu plano de conquista, e a cólera da ganância que o transfigura. É um trabalho excepcional da parceria do diretor Justin Kurzel e do diretor de fotografia Adam Arkapaw. Como resultado, a dupla depois seria convidada para realizar a versão do game “Assassin’s Creed” para o cinema.

Elenco

Aqui, Michael Fassbender aproveita a oportunidade que todo intérprete busca para comprovar seu talento: atuar em uma peça de Shakespeare. Aliás, essa obra é um ótimo veículo para essa intenção, porque o protagonista passa por uma transformação radical de comportamento. De fato, cegado pela ambição, Macbeth assassina friamente quem está no caminho de sua ascensão ao poder. Até mesmo mulheres e crianças são alvo de sua execução. Nesse sentido, Fassbender transmite uma mudança drástica logo após matar sua primeira vítima, e o processo piora até se tornar um terrível tirano. Por fim, ele enlouquece.

Da mesma forma, Marion Cotillard, como Lady Macbeth, acompanha o movimento de Fassbender. E, incentiva-o a conquistar o poder, não importando os meios. Aliás, é impressionante como a atriz francesa consegue recitar os diálogos escritos em inglês arcaico, sem permitir que seu sotaque atrapalhe a interpretação.

Porém, “Macbeth” não deixa de fora os momentos de solilóquio do protagonista que enlouquece gradativamente ao conquistar o poder de maneira violenta e sem escrúpulos. Mesmo assim, consegue seu objetivo de ser um filme baseado em Shakespeare que o público atual pode facilmente apreciar.


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