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Malévola: Dona do Mal (filme)
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Malévola: Dona do Mal

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Contrariando todas as previsões pessimistas, Malévola: Dona do Mal costura uma convincente sequência do primeiro filme, que já era ousado por si só. Afinal, ele expande um tradicional conto de fadas e opta por aprofundar a personagem da vilã. Com isso, arrisca desagradar várias gerações que têm apreciado a estória original. Pois funcionou, e Cinderela se tornou até mais interessante após Malévola (2014).

O primeiro filme termina com a libertação de Aurora do sono profundo ao qual foi amaldiçoada. Agora, a estória continua cinco anos depois, quando a mocinha já se tornou a rainha da região das florestas. E convive com seres mágicos como fadas e gnomos. Eventualmente, sua situação muda quando o príncipe do reino local a pede em casamento. Ela aceita, mas teme, com razão, que Malévola não gostará da notícia. Afinal, isso significa perder a companhia da filha. Com muito custo, Malévola aceita jantar com a família do príncipe no castelo, como sinal de paz entre os dois reinos em potencial conflito. Porém, a rainha má tem planos de assassinar o rei e aproveitar a cerimônia de casamento para acabar com os seres da floresta.

Um novo mundo

Malévola: Dona do Mal apresenta ao espectador um novo mundo, de seres como Malévola, que vivem no subterrâneo para se esconderem das pessoas. A sequência que introduz esse local remete ao universo mágico do filme Avatar. E essa semelhança se estende ao tema da preservação da natureza perante a ganância dos humanos, personificada na Rainha Má.

Então, há um conflito entre optar pela paz ou pela guerra, tanto no lado dos seres fantásticos como dos humanos. Tudo levará a uma batalha apoteótica, com forças equivalentes. Afinal, a Rainha Má desenvolveu uma arma capaz de liquidar os inimigos do mundo subterrâneo. A luta coloca em perigo os personagens principais do bem, e com ótimos efeitos visuais e ritmo adequado, se torna uma sequência empolgante. O desfecho evoca, ainda, outro ser mitológico, que se encaixa bem na figura da personagem Malévola.

Roteiro bem escrito

O roteiro, de Micah Fitzerman-Blue, Noah Harpster e Linda Woolverton, é tão bem escrito que se preocupa com todos os detalhes. Por exemplo, reparem como eles pensaram em sacrificar a fadinha azul, para depois mostrar que ela ainda sobrevive, ao dar a cor azul para a noiva Aurora. Afinal, azul é tradicionalmente a cor da roupa dessa personagem no conto de fadas – a “A Bela Adormecida” usa vestido azul e, depois, rosa.

Enfim, todo o restante do elenco principal está perfeito, com exceção do príncipe, interpretado pelo sem-graça Harris Dickinson. Primeiro, Elle Fanning ainda consegue manter sua jovialidade de princesa. Segundo, Michelle Pfeiffer constrói uma odiosa Rainha Má. Por fim, novamente Angelina Jolie brilha, num papel que cai como uma luva para sua estrutura física com ossos salientes e beleza incomum.

Em suma, tudo funciona bem para o diretor norueguês Joachim Rønning, que comprova sua capacidade para grandes produções de ação. Com isso, o resultado aqui é até melhor do que seu filme anterior, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (2017).

Então, assista e encante-se.


Malévola: Dona do Mal (filme)
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