Pesquisar
Close this search box.
Meu Malvado Favorito 3 (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Meu Malvado Favorito 3

Avaliação:
6/10

6/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

A arriscada premissa de colocar um vilão como personagem principal de uma animação voltada para o público infantil deu certo e o primeiro “Meu Malvado Favorito” (Despicable Me, 2010) foi um estrondoso sucesso comercial, tanto que deu origem a um spin off com os Minions e a duas sequências. Esta, deste ano, já prepara um gancho para mais filmes, que com certeza virão, já que ela liderou o ranking das bilheterias nos EUA e no Brasil, na semana de estreia. Mas não merece tudo isso.

Na terceira aventura, o ex-vilão Gru perde o emprego como agente por deixar o criminoso Balthazar Bratt escapar. Antes que fique muito deprimido, recebe a notícia de que tem um irmão gêmeo, Dru, um herdeiro ainda inexperiente na arte da vilania de seu pai. Alegando que o ajudará a ser um grande vilão, Gru utiliza seus ultramodernos equipamentos para recuperar o diamante que Balthazar Bratt roubou.

O maior vilão do mundo

O personagem Gru, apesar de ter deixado a vida criminosa para trás, e ter adotado as três meninas do primeiro filme, não é em si um personagem carismático. Normalmente mal-humorado e com alguns respingos de crueldade ainda vivos (vide a cena em que ele destrói o carro que quer disputar com ele na rua), não consegue se livrar de sua ambiguidade. Sim, ele não cede aos apelos dos Minions, do irmão e do falecido pai para voltar a ser o maior vilão do mundo, e se preocupa em salvar as meninas quando elas são sequestradas por Balthazar. Mesmo assim, não consegue ser muito simpático.

A aventura ganha o exagero predominante no cinema infanto-juvenil atual, como se sempre o plano do vilão precisasse ter dimensões gigantescas. Aqui, Balthazar pretende recortar Los Angeles e leva-la para outro planeta. O que é prejudicial para o engajamento. Essa megalomania nas estórias leva ao distanciamento do espectador, por ser fantasioso demais. O pequeno drama, universalizável, funciona muito melhor, ainda que disfarçado por metáforas, como em “O Mágico de Oz”, que por isso nunca envelhece.

O humor é a grande aposta de “Meu Malvado Favorito 3”, e funciona bem, principalmente nas aparições dos Minions. Aliás, estes poderiam ser mais explorados na estória, para aproveitar suas ótimas gags. De fato, isso era melhor equilibrado no primeiro filme, antes de se ter a ideia de apostar no spin off com os seres amarelinhos.

Assim, “Meu Malvado Favorito 3” diverte, mas espere menos do que as bilheterias prometem.


Meu Malvado Favorito 3
Meu Malvado Favorito 3
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo