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MEU NOME É BAGDÁ: as skatistas nas telas do cinema

Meu Nome é Bagdá (filme)

Protagonizado por garotas skatistas de rua da Freguesia do Ó, bairro paulistano da periferia, Meu Nome é Bagdá estreia nos cinemas em 16 de setembro de 2021. Nesta data, o filme chega ao circuito comercial de São Paulo e Rio de Janeiro., com distribuição da Pagu Pictures. Na semana seguinte, no dia 22, o longa chega a cem cinemas franceses, pela Wayna Pitch.

Meu Nome é Bagdá teve passagem vitoriosa pelos festivais nacionais e internacionais. Seu lançamento mundial aconteceu no Festival de Berlim de 2020, onde ganhou o prêmio de melhor filme da mostra Generation 14plus.

Além disso, a obra acumula 14 premiações em outros eventos no exterior. Entre elas, a de melhor filme e melhor direção no Nordic International Film Festival, de Nova York, e melhor filme pelo júri jovem do Gender Bender Festival, de Bolonha (Itália). Na Argentina, conquistou o prêmio de melhor filme latino-americano no Festival de Cine Latinoamericano de La Plata.

Assim, após todas essas conquistas, Meu Nome é Bagdá chega aos cinemas num momento oportuno. Afinal, o Brasil conseguiu duas medalhas no skate nas Olímpiadas de Tokyo que aconteceram neste ano. E muitos espectadores que acompanharam Rayssa Leal, prata no skate street, e Pedro Barros, prata no skate park, poderão vivenciar um pouco mais desse esporte nas telas do filme.

A personagem título é interpretada pela skatista Grace Orsato, que vive seu primeiro papel no cinema. No elenco estão ainda Gilda Nomacce, a cantora e atriz Karina Buhr e a performer Paulette Pìnk. 

Leia a crítica do filme aqui.

Roteiro e direção

No enredo do filme, estão presentes temas como empoderamento feminino, assédio, machismo, bem como preconceito contra gays. Bagdá, a personagem central do longa-metragem, é uma garota de 17 anos que vive na Freguesia do Ó, bairro da periferia da cidade de São Paulo. Ela anda de skate com um grupo de meninos e passa boa parte do tempo com sua família e as amigas de sua mãe. Juntas, elas formam um grupo de mulheres pouco convencionais. Então, quando Bagdá finalmente encontra um grupo de meninas skatistas, sua vida muda. Porém, ela se depara com assédio sexual e preconceito de gênero.

Segundo a diretora e corroteirista Caru Alves de Souza, o roteiro nasceu “do desejo de contar uma história sobre situações cotidianas vividas por personagens oriundos de um bairro de classe média baixa da cidade de São Paulo, tentando encontrar a poesia existentes nas situações prosaicas.” Além disso, a intenção foi fazer um filme “com personagens mulheres que fossem fortes e fugissem dos estereótipos, e também se fortalecessem através dos laços criados entre si.” Com isso, “permitiriam ilhas de amor e afeto, num mundo que frequentemente é hostil a elas”, conclui a diretora.

Nascida em 1979 na cidade de São Paulo, a diretora, roteirista e produtora Caru Alves de Souza é formada em História pela USP. Dirigiu, entre outros, o curta-metragem Assunto de Família (2011), exibido em mais de 40 festivais ao redor do mundo. Seu longa de estreia, De Menor (2013), foi eleito como melhor filme da Première Brasil do Festival do Rio. Por fim, seu próximo longa é Corações Solitários, centrado em uma protagonista que tenta preservar um decadente cinema pornô no centro da cidade de São Paulo.

Foto: divulgação/Camila Cornelsen

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