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MIB: Homens de Preto - Internacional (filme)
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MIB: Homens de Preto – Internacional

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

MIB: Homens de Preto – Internacional (2019), o quarto da franquia, é um projeto arriscado, pois traz muitas mudanças em relação aos filmes anteriores. Para começar, não conta com o diretor Barry Sonnenfeld e com os protagonistas Will Smith e Tommy Lee Jones. Aliás, do elenco original, resgata apenas Emma Thompson, em participação especial. Além disso, alterações sutis no tom causam estranheza aos fãs.

Elenco

Em relação ao elenco, o filme investe em Chris Hemsworth e Tessa Thompson como substitutos da dupla original. O ator que fez Thor provou em Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, 2019) que consegue ser engraçado quando desmistifica sua figura de herói. Em sua última aventura, o Thor está gordo e bêbado.

Agora, em MIB: Homens de Preto – Internacional, o seu Agente H já passou da fase gloriosa e se tornou arrogante e imprudente. Porém, lembramos que Hemsworth protagonizou outra repaginada de um antigo sucesso em Caça-Fantasmas (Ghostbusters, 2016), que não deu certo. A versão maliciosa de Paul Feig traía o espírito dos filmes originais dos anos 1980.

Já a inclusão de Tessa Thompson responde aos novos tempos de empoderamento feminino. E o roteiro trata sua personagem, a Agente M, com carinho, ao contrário do que acontece com o Agente M. Sua apresentação remete a sua experiência de infância, quando ela entra em contato com um alienígena sem que os agentes do MIB saibam. Assim, ela é uma rara exceção de testemunha cuja memória não foi apagada pela instituição. E, por isso, cresce obcecada por seres extraterrestres, e força a barra até ser aceita como agente MIB em período de teste.

Enfim, para reforçar o quadro de atores, Liam Neeson entra no filme como o Agente High T, chefe das operações MIB em Londres. E, Rebecca Ferguson como Riza, a alienígena vilã com três braços.

A história e o tom

MIB: Homens de Preto – Internacional acerta na construção dos dois novos protagonistas. O Agente H e a Agente M não são cópias dos personagens principais originais, possuem características bem distintas destes. Ambos possuem objetivos pessoais claros, que devem conquistar além de completar a missão em si, que se resume a impedir que uma arma poderosa caia em mãos erradas. No entanto, o desenvolvimento da trama passa pela batida ideia de um traidor infiltrado dentro da MIB. Com isso, não há nenhuma surpresa no desfecho.

Outro problema, talvez mais grave, se encontra no tom do filme. Por um lado, há muitos trechos com conotação sexual, o que não existia nos longas anteriores. Como resultado, MIB: Homens de Preto – Internacional recebeu classificação 12 anos, enquanto os dois primeiros filmes eram censura livre e o último era 10 anos. Por outro lado, os monstros se tornaram mais “fofos”. Estão mais perto dos Ewoks e dos Gungans, e perdem o lado nojento que distinguiam as criaturas dos demais filmes da franquia, em especial em MIB: Homens de Preto 3 (Men in Black 3, 2012).

Contudo, a direção de F. Gary Gray é competente. Gray começou em videoclipes e logo subiu para a primeira liga das grandes produções. Antes desse filme, fez Velozes & Furiosos 8 (The Fate of the Furious, 2017).

Enfim, colocando na balança os erros e acertos, MIB: Homens de Preto – Internacional é, sem dúvida alguma, o mais fraco da franquia. Mas, ainda assim, acima da média dos filmes do gênero.


MIB: Homens de Preto - Internacional (filme)
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