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Milagre na Caverna (filme)
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Milagre na Caverna

Avaliação:
5/10

5/10

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Crítica | Ficha técnica

Do noticiário para o cinema. Milagre na Caverna leva para as telas o resgate dos doze meninos e seu treinador que ficaram presos em uma caverna na Tailândia por duas semanas em 2018.

As filmagens aconteceram no próprio local do incidente, o Parque Nacional Tham Luang. Além disso, a produção ainda escala no seu elenco algumas pessoas que participaram desse resgate. Assim, repete o que Clint Eastwood fez em 15h17: Trem Para Paris (2018), que conta como três americanos salvaram um trem de um ataque terrorista na França.

Reconstituição fria

O diretor tailandês Tom Waller, em seu quarto longa, opta por focar nas ações fora da caverna. Ou seja, nos esforços do resgate que envolveu dezenas de pessoas, de policiais a voluntários, até os especialistas em mergulhos em cavernas. Como resultado, opta por uma quase reconstituição desse salvamento, num registro mais frio do que se filmasse pelo ponto de vista dos meninos e do treinador dentro da caverna.

Nota-se, também, a preocupação de revelar o coletivo e o sentimento de solidariedade entre todos os envolvidos. Apesar disso, vislumbra-se que alguns empecilhos burocráticos atrasaram algumas ações, mas o filme prefere não enfatizar esses problemas. Assim, tem-se a impressão de que a produção pretende prestar um agradecimento geral a todos que ajudaram. Nesse sentido, não fica de fora o líder espiritual e a fé daqueles que rezaram pelo salvamento das vítimas.

Milagre na Caverna não provoca a emoção do espectador, como se espera nesse gênero de filme. Por um lado, porque os que mais sofrem, que são os que estão presos na caverna, pouco aparecem. Por outro, porque a atenção se dilui entre vários personagens que trabalham no resgate.

Não-atores como protagonistas

Pelo menos, dois personagens ganham um pouco de protagonismo. Na primeira metade, o filme foca um pouco mais o fabricante de bombas hidráulicas que empresta seus equipamentos para drenar a água da caverna. Na segunda, o mergulhador que vem da Irlanda para se juntar ao grupo que, efetivamente, nada com cada uma das vítimas para resgatá-las. Esses dois heróis interpretam os seus próprios papéis no filme, como se pode constatar nas cenas reais dos créditos finais.

A direção do filme não é muito hábil. Há alguns planos curtos demais que confundem a compreensão de algumas cenas, falas que não fazem muito sentido, e câmera trêmula redundante.

Ao invés de um produto para o cinema, Milagre na Caverna se assemelha aos reality shows da TV paga. Na verdade, apenas o resgate final, que mostra o mergulhador da Irlanda trazendo o treinador, consegue provocar um pouco daquela emoção que se espera de um filme de resgate heroico.  


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