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Minha Irmã (filme)
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Minha Irmã

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

O drama Minha Irmã retrata a dura luta de uma mulher para salvar a pessoa que mais ama no mundo: seu irmão.

Lisa trabalhava como dramaturga em Berlin até se mudar com a família para Leysin. Nessa pequena cidade suíça, seu marido assume um cargo importante numa escola internacional. Porém, seu irmão Sven é diagnosticado com câncer em estágio avançado. E, como a mãe deles não se importa com o filho, Lisa precisa cuidar dele. Por isso, os dois irmãos partem juntos para Leysin, onde a condição de Sven piora. Principalmente quando ele descobre que a peça teatral em que ele atuaria foi cancelada.

Minha Irmã foi o filme submetido pela Suíça para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2021. Tal qual o longa Asia, o escolhido de Israel para a mesma disputa, seu tema aborda um protagonista cuidando de um doente terminal muito próximo. No caso de Asia, é a mãe.

Análise do filme

Acima de tudo, a ligação entre Lisa e Sven é muito forte. Tanto que a primeira cena enfatiza essa conexão, ao mostrar a irmã doando seu sangue para o irmão. E a câmera foca o detalhe do sangue da doadora subindo e, na transição para a próxima cena, o sangue sendo inserido no paciente. Aliás, a dupla de diretoras Stéphanie Chuat e Véronique Reymond espalha algumas outras imagens metafóricas ao longo deste seu segundo longa-metragem de ficção. Por exemplo, o rebuscado desenho que Lisa faz em um tanque de areia, que prova que ela ainda tem potencial para continuar trabalhando sozinha. E, em vários momentos, elas filmam com a câmera na mão, um paralelo da vida nada tranquila da protagonista.

Afinal, além da doença do irmão, Lisa precisa lidar com a intransigência do marido. Mesmo sem a concordância dela, ele assina o contrato para permanecer mais cinco anos na Suíça. E ela ainda tinha esperanças de salvar o irmão com tratamentos em Berlin. Para piorar, a mãe de Lisa simplesmente ignora o filho doente e não a apoia em nada.

Minha Irmã não tem intenção de ser um drama apelativo. Por isso, o foco se concentra em Lisa, e não em Sven. Caso contrário, o público se emocionaria até as lágrimas sentindo pena dele. Ao invés disso, o filme leva à empatia com Lisa, em sua ingrata luta contra uma doença incurável e com as pessoas que não a apoiam.

Nina Hoss

E a força dessa personagem deve muito à interpretação vigorosa de Nina Hoss. Aliás, recentemente, ela esteve em outro papel difícil, no filme Sangue de Pelicano (2019), onde lidou com uma filha adotada problemática. Em Minha Irmã, ela precisa ir da atuação silenciosa nos momentos de solidão de Lisa às suas explosões contra o marido. E consegue fazer isso magistralmente.

Assim, o filme Minha Irmã não busca as lágrimas do espectador, mas sua empatia pela sua protagonista lutadora.

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Ficha técnica:

Minha Irmã (Schwesterlein) 2020. Suíça. Direção e roteiro: Stéphanie Chuat, Véronique Reymond. Elenco: Nina Hoss, Lars Eidinger, Marthe Keller, Jens Albinus, Thomas Ostermeier. Distribuição: A2 Filmes.

Trailer:
Onde assistir:
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