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Minority Report (filme)
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Minority Report

Avaliação:
10/10

10/10

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Crítica | Ficha técnica

Esta é uma análise do filme Minority Report (Steven Spielberg, 2002), por isso contém spoilers. Seu foco está no tema principal e no uso de movimentos de câmera.

Minority Report: tema principal

O tema principal de Minority Report é a busca pela verdade escondida pelas autoridades. Ao questionar a validade de uma solução alternativa na prevenção de crimes, em oposição às tradicionais leis que investigam o crime após ele acontecer, o filme expõe que o obstáculo não é o sistema, mas a natureza humana.

Minority Report confronta o dilema de condenar alguém que ainda não cometeu um crime. No filme de Spielberg, as certezas de prender uma pessoa que, de fato, cometeria um crime são claras, pois os agentes evitam o assassinato instantes antes que ele aconteça.

O filme demonstra que o homem mais poderoso, o diretor Lamar Burgess, age como se estivesse acima da lei. Aliás, que ele mesmo pode ser assassino de pessoas inocentes. Esse personagem é a prova de que os seres humanos são corrompidos pelo poder.

O uso dos movimentos de câmera

Na sequência no quarto de hotel no qual John Anderton (Tom Cruise) encontra Leo Crow (Mike Binder), e ele aponta a sua arma para o assassino de seu filho, a montagem aumenta a tensão alternando cortes de diferentes plano: close-up extremo de Anderton, plano médio com ambos personagens que mostram o poster publicitário no fundo, a contagem regressiva que marca o exato momento previsto do crime, plano-detalhe de Anderton, plano-detalhe de Crow, plano-detalhe de Agatha, plano-detalhe do relógio e, por fim, plano-detalhe do rosto de Anderton até ele dizer: “Você tem o direito de permanecer em silêncio.”

Além disso, Spielberg usa uma conexão gráfica com corte seco para enfatizar que John Anderton está se lembrando do momento em que ele perdeu seu filho. Enquanto ele descansa após a cirurgia no olho, a câmera fecha no despertador ao lado de sua cama e há um match cut que se molda com o relógio que ele usava perto da piscina para brincar com seu filho no passado. Além de marcar a transição entre realidade e lembranças, o plano do relógio ajuda o espectador a identificá-lo quando ele cai na água. Assim, sinaliza que algo aconteceu com o menino. O fim da sequência da lembrança também se encerra com uma conexão gráfica, desta vez com match cuts de Anderson gritando o nome de seu filho

Nota: essa análise foi adaptada do texto original em inglês escrito para o curso “The Language of Filmmaking”, do instrutor Dr. Alessandro Pirolini, no inverno de 2016, na UCLA Extension.


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