Investigar a carreira de Roberto Farias equivale a estudar a história do audiovisual brasileiro. Farias começou nos anos 1950, dentro do sistema de estúdios de cinema no Brasil, ocupando cargos na Atlântida, nas Produções Watson Ribeiro, na Maristela, na Vera Cruz e na Brasil Vita Filmes, onde dirigiu chanchadas.
Destacou-se artisticamente no filme neorrealista “Assalto ao Trem Pagador” (1962) e em “Selva Trágica” (1963), este influenciado pelo Cinema Novo. Eclético, dirigiu obras comerciais que eram veículos para o cantor Roberto Carlos e para os comediantes Os Trapalhões, em contraste com o cruel “Pra Frente Brasil”, que levou às telas as torturas da ditadura no Brasil.
Roberto Farias se destacou também na televisão, sendo autor de séries da Globo de sucesso, entre elas, “As Noivas de Copacabana” (1992) e “Memorial de Maria Moura” (1994).
Além da carreira artística, ocupou cargos importantes na indústria do audiovisual. Foi diretor geral da EMBRAFILME (1974-1979), presidente do CONCINE (1987-1990) e da Academia Brasileira de Cinema.
Roberto Farias morreu aos 86 anos em 14 de maio de 2018, no Rio de Janeiro, devido a um câncer.