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Mostra de Cinema Israelense | Na Plataforma Sesc Digital

Laila em Haifa (filme)

De 24 de junho a 7 de julho de 2022, o Sesc São Paulo e o Instituto Brasil-Israel (IBI), com o apoio da Embaixada de Israel e do Consulado Geral de Israel em São Paulo, realizam a Mostra de Cinema Israelense.

A programação on-line da mostra inclui o longa Laila em Haifa (foto/divulgação), filme inédito no Brasil de Amos Gitai. O diretor estará na abertura do evento, em bate-papo com transmissão via Youtube, no dia 23 às 16h, no canal do Instituto Brasil-Israel. A jornalista Anita Efraim, apresentadora do podcast “E eu com isso?”, conduzirá a conversa.

Além disso, destacam-se na seleção os filmes Sublocação, de Eytan Fox, e Olho Branco, de Tomer Shushan, indicado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem.

Os filmes podem ser assistidos gratuitamente em: sescsp.org.br/cinesesc e sescsp.org.br/cinemaemcasa

Diversidade de vozes

A mostra traz seis títulos, entre longas e curta-metragem, que refletem uma sociedade multicultural e diversa. A primeira Mostra de Cinema Israelense propõe trazer “visibilidade às contradições, camadas e dilemas de um país permeado por conflitos, e estimular o público a imaginar mundos alternativos”, afirma David Diesendruck, presidente do Instituto Brasil-Israel (IBI). A diversidade de vozes da sociedade israelense, expressa em sua linguagem cinematográfica, constitui o eixo curatorial da programação.

Longas-metragens

Um dos grandes destaques da mostra é o mais recente trabalho do consagrado diretor Amos Gitai, responsável por filmes como Kadosh – Laços Sagrados (1999) e Kedma (2002). Inédito no Brasil, Laila em Haifa discute as relações entre judeus e árabes israelenses numa cidade conhecida por abrigar as duas etnias com o pano de fundo das tensões que atravessam a democracia israelense e as relações entre os povos.

Conhecido por abordar temas LGBTQIA+ com delicadeza e humanidade, o diretor Eytan Fox, de Delicada Relação (2002) e Bubble (2006), participa da mostra com o maduro Sublocação, a história de um escritor americano de livros de viagem que chega ao país para escrever sobre Israel e subloca o apartamento de um jovem israelense. É nesse encontro intergeracional, de diferentes referências culturais, que o escritor renova suas motivações para escrever e viver.

Questões universais, como as relações familiares, surgem em O Dia Seguinte Em Que Me Fui, de Nimrod Eldar, e Baba Joon, de Yuval Delshad; este último trazendo uma família de origem iraniana à cena, ao refletir as múltiplas origens que caracterizam a sociedade israelense. Já Mami, da cineasta Keren Yedaya, é um musical adaptado de uma ópera rock que se passa no sul de Israel, em cidades distantes dos grandes centros políticos do país e por vezes esquecidas, e traz o contraste entre diferentes etnias expressando em sua musicalidade uma narrativa antimilitarista.

Curta-metragem

Com vários prêmios ao redor do mundo e uma indicação ao Oscar, o curta-metragem White Eye, de Tomer Shoshan, conta a história de um homem que encontra sua bicicleta roubada, que agora pertence a um estranho. Enquanto tenta recuperar seu bem, ele luta para permanecer humano. O filme traz para as telas a questão dos refugiados africanos, vivendo em condições precárias e sofrendo discriminação racial.

Disponibilidade

Exceto por Sublocação, todos os filmes são inéditos no Brasil. E ficam em cartaz na série Cinema #EmCasaComSesc, do Sesc Digital, em diferentes datas e alguns com limite de visualização.

Confira a programação a seguir.

ESTREIAS 24/6

OLHO BRANCO | White Eye | Dir.: Tomer Shoshan | Israel | 2019 | 20 min | Ficção | 14 anos

Um homem encontra sua bicicleta roubada, que agora pertence a um estranho. Ele acredita que a tarefa para recuperá-la será fácil, mas durante uma única noite, enfrenta questões de racismo, abuso policial e xenofobia. Disponível de 24/06 a 07/07/22.

MAMI | Red Fields | Dir.: Keren Yedaya | Israel, Luxemburgo, Alemanha | 2019 | 90 min | Ficção | 14 anos

Esta é a história de Mami, uma jovem que nasceu e cresceu em uma pequena cidade pobre no sul de Israel. Ela trabalha na lanchonete do posto de gasolina local e está apaixonada por Nissim, seu vizinho. Um dia, o destino bate à sua porta: alguns dias após o casamento, Nissim é ferido na guerra e sucumbe a um estado vegetativo. Disponível de 24/06 a 07/07/22.

SUBLOCAÇÃO | Sublet | Dir.: Eytan Fox | Israel, Estados Unidos | 2020 | 89 min | Ficção | 14 anos

Um escritor de viagens do New York Times chega a Tel Aviv depois de sofrer uma tragédia. A energia da cidade e seu relacionamento com um homem mais jovem o traz de volta à vida. Disponível de 24/06 a 30/07/22, com limite de 1500 visualizações.

LAILA EM HAIFA | Laila in Haifa | Dir.: Amos Gitai | Israel, França | 2020 | 99 min | Ficção | 14 anos

Laila in Haifa se passa uma noite fatídica na cidade portuária de Haifa e explora as histórias entrelaçadas de cinco mulheres em um clube noturno onde israelenses e palestinos se reúnem para se envolver em relacionamentos pessoais. Disponível de 24/06 a 30/07/22, com limite de 1000 visualizações.

ESTREIAS 01/7

O DIA SEGUINTE EM QUE ME FUI | The Day After I’m Gone | Dir.: Nimrod Eldar | Israel, França | 2019 | 98 min | Ficção | 14 anos

Yoram, um veterinário de 50 anos que mora em Tel Aviv, é forçado a encarar de outra maneira o relacionamento que tem com a filha adolescente, Roni, depois que ela passa desejar um 􀃥m à própria vida. Ele embarca com a garota em uma jornada para visitar a família de sua mãe, o que acaba se tornando um processo de autoconhecimento mútuo, em uma paisagem desértica nas proximidades do Mar Morto. Disponível de 01/07 a 07/07/22, com limite de 800 visualizações.

BABA JOON | Baba Joon | Dir.: Yuval Delshad | Israel | 2015 | 91 min | Ficção | 14 anos

O filme retrata três gerações na família Morgian, imigrantes persas do Irã a Israel, enquanto sobreviviam em sua pequena fazenda de perus no início dos anos 1980. Anos antes, o avô, conhecido como Baba, entregou a fazenda a seu filho mais novo, Yitzak, depois que seu filho mais velho, Darius, fugiu para a América. Agora crescido, Yitzak ameaça “empurrar” seu filho Moti, de 13 anos, ao trabalho da fazenda. Quando o menino mostra uma forte preferência pela engenharia (ele quer construir sua própria scooter motorizada usando peças de reposição no celeiro), Yitzak interpreta seu desgosto pelo trabalho agrícola como uma rejeição pessoal. Disponível de 01/07 a 07/07/22, com limite de 1000 visualizações.

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