Nafi's Father (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Nafi’s Father

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Nafi’s Father marca a estreia do diretor Mamadou Dia em longa-metragem. O filme revela os impactos do extremismo em uma pequena comunidade do Senegal.

Tierno, o Imam local, está descontente com o casamento entre sua filha e o filho do seu irmão Ousmane. Afinal, este se envolve com um grupo extremista, que assume o poder na região, e implanta uma política violenta junto à população. Então, o Imam bola um perigoso plano para impedir esse matrimônio.

Através dessa estória simples, Nafi’s Father mostra como os grupos extremistas podem acabar com a paz de uma comunidade. E, até destruir laços familiares. Nesse sentido, o vilão não é Ousmane, mas sim o sheik que é líder do grupo. Na verdade, Ousmane é apenas uma peça descartável, que fisga a isca da ambição. De fato, a parte final do filme comprova essa hipótese, na cena em que ele encontra os noivos fugitivos.

Mamadou Dia filma Nafi’s Father com cores fortes e bom elenco. Juntamente com as cenas de ação e violência da parte final, surge um filme fácil de se acompanhar. Sob outro ângulo, essa trama hamletiana, mantém em segundo plano um romance à “Romeu e Julieta”, pouco explorado. Se tivesse investido mais no embate entre os irmãos e no amor verdadeiro dos jovens, teríamos aqui um filme mais instigante. Como está, é apenas um bom entretenimento. Mas, socialmente relevante.

Por fim, vale notar que o Senegal escolheu Nafi’s Father para a disputa do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2021. Esta é apenas a terceira vez que o país submete um concorrente para a categoria.

___________________________________________

Ficha técnica:

Nafi’s Father (Baamum Nafi) 2019. Senegal. 107 min. Direção e roteiro: Mamadou Dia. Elenco: Saikou Lo, Alassane Sy, Penda Daly Sy, Aicha Talla.

Assista ao trailer original aqui.

Nota: assistimos a esse filme nas sessões da THE WRAP AWARDS & INTERNATIONAL SCREENING SERIES.

Nafi's Father (filme)
Nafi's Father (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo