Pesquisar
Close this search box.
O Anjo e o Malvado (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

O Anjo e o Malvado

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

“O Anjo e o Malvado”: um faroeste que se opõe à violência

Primeiro filme que John Wayne produziu, “O Anjo e o Malvado” foge dos padrões dos faroestes por sua mensagem de paz e pouca ação.

O pistoleiro Quirt Evans (John Wayne) chega ferido a uma fazenda quaker, ondeThomas Worth (John Halloran) e sua filha Penelope (Gail Russell) o socorrem. Depois que os moradores da pequena cidade descobrem a identidade do forasteiro, o médico aconselha os Worth a se livrarem dele, mas Thomas prefere acolhê-lo. Com o tempo, Penelope acaba se apaixonando por ele, que acaba se interessando pela jovem e pela filosofia de paz quaker. Porém, a chegada de dois vilões que querem matar Quirt quebra essa nova harmonia.

Faroeste renovado

“O Anjo e o Malvado” pertence à fase em que o faroeste procurava se renovar, fugindo da tradicional fórmula desgastada que já não estava satisfazendo os espectadores, acostumados então aos filmes mais elaborados dos outros gêneros. Por isso, durante a primeira hora, não há praticamente nenhuma cena de ação. Depois disso, surgem alguns lugares comuns do western, como um roubo de gado, uma briga de salão, perseguições a cavalo, a paisagem do Monument Valley. Porém, igualmente há espaço para um número musical num saloon, e muito romance entre Quirt e Penelope, além de passagens da Bíblia e um teor moralista na história. O tiroteio final, geralmente um duelo entre vilão e mocinho, é aqui revertido e tem uma solução similar ao posterior “Matar ou Morrer” (High Noon, 1952), que também pregaria soluções pacíficas.

John Wayne já era um astro consagrado, e por isso conseguiu produzir “O Anjo e o Malvado” para a Republic, sua primeira produção. O filme fez bastante sucesso, mesmo ousando ter um ritmo lento para o gênero. Assim, arrancou muitos elogios para a belíssima atriz Gail Russell, cuja carreira, porém, não decolou devido ao seu alcoolismo, que detonou sua saúde, vindo a falecer com apenas 36 anos.

“O Anjo e o Malvado” é um faroeste não voltado aos fãs tradicionais do gênero. E, sim, aos que buscam discutir a violência oposta a uma filosofia de vida alternativa. Aliás, um tema que ecoa até hoje nos Estados Unidos.


Ficha técnica:

O Anjo e o Malvado (Angel and the Badman, 1947) 100 min.  Dir/Rot: James Edward Grant. Com John Wayne, Gail Russell, Harry Carey, Bruce Cabot, Irene Rich, Lee Dixon, Stephen Grant, Tom Powers, Paul Hurst, Olin Howland, Joan Barton, John Halloran, Craig Woods, Marshall Reed.

Assista: entrevista com John Wayne de 1976

Onde assistir:
O Anjo e o Malvado (filme)
O Anjo e o Malvado (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo